Castro Alves conhece Eugênia Câmara |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
CASTRO
ALVES – PARTE 05.
Castro
Alves acredita no futuro de sua pátria, assim como acreditava na
grandeza das conquistas cívicas a serem empreendidas. Ainda no
Recife, via a República assim:
………………… Vôo
ousado
Do homem
feito condor!
Raio de
aurora ainda oculta,
Que
beija a fronte ao Tabor!
Tudo era
hiperbólico para ele, que de si mesmo afirmava ser pequeno, mas ter
os olhos fitos nos Andes…
Do
Recife, onde conhece a atriz Eugênia Câmara, desce à Bahia, onde
leva à cena o Gonzaga, peça que escrevera ainda em Pernambuco. Em
1º de fevereiro de 1868, Castro Alves, com Eugênia, parte para o
Rio de Janeiro, onde iria conhecer as palavras de estímulo e
consagração de José de Alencar e Machado de Assis. Lê o Gonzaga
para os literatos e amantes das letras; celebra com o povo,
dizendo-lhe versos, a passagem de Humaitá… Vai depois para São
Paulo, sempre com Eugênia Câmara, e matricula-se no 3º ano de
Direito.
Escreve
continuamente, e por vezes declama: em 7 de setembro, diz O Navio
Negreiro, poema que até hoje figura entre as suas composições mais
célebres.
Auriverde
pendão da minha terra,
Que a
brisa do Brasil beija e balança,
Estandarte
que à luz do sol encerra
As
promessas divinas da esperança…
Gonzaga
vai à cena, mas termina o romance do poeta com a musa atriz. Passa
para o 4º ano, mas, no infausto dia 11 de novembro, indo caçar nas
cercanias da cidade, ao saltar um córrego, a espingarda dispara e a
carga vai-se-lhe alojar no pé. O Barão de Itaúna, Presidente da
Província, médico ilustre, vai vê-lo. São seis meses de cama.
Sobrevém a hemoptise. Em maio, vai para o Rio de Janeiro, via
Santos. Lá é operado a frio, pois não pode ser cloroformizado,
perdendo o pé infeccionado. Encontra ainda uma vez Eugênia. No fim
do ano regressa à Bahia. Vai a Curralinho, publica as Espumas
Flutuantes; encontra a musa extrema, de casto amor, em Agnese Murri,
professora de canto de sua irmã Adelaide. Falece às 15 horas e meia
do dia 6 de julho de 1871, em Salvador.
Continua
PÉRICLES
EUGÊNIO DA SILVA RAMOS
Um comentário:
Olá, Rosemildo!
Estive dando uma olhada nesses mais recentes posts e verifiquei k não havia nenhum comentário neles. Sei k ler tudo isso, é só para quem gost e requer tempo e leitura com olhos de ver.
Tenho postado de mês a mês e meu tempo tem sido mto escasso, mas há dias estive lendo na Biblioteca Nacional de Lisboa um livro chamado "Vida e Obra de Castro Alves", e de facto, é como você descreve aqui. Adorei conhecer seu carisma, como homem de libertação dos escravos e sua atuação.
Beijos e dias felizes.
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