quarta-feira, 18 de novembro de 2020

Grandes vultos: Martins Júnior - Parte - 19.

 

Martins Júnior

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

MARTINS JÚNIOR – PARTE – 19.

Durante o governo Barbosa Lima, sofreu imensamente, foi desrespeitado, esteve sob vexame de toda natureza. Também o poder federal não quis ouvir seus protestos, deixando-o abandonado à ira dos seus perseguidores.

Em 1893, começaram os padecimentos mortais de Martins Júnior. Alma que se não fosse tão forte ter-se-ia tornando cética ou tomaria rumo novo, de perspectivas menos agrestes.

Com a vitória da sua doutrina, tocavam-lhe apenas enormes dissabores.

A Academia Brasileira de Letras o teve entre seus imortais, ou melhor, foi um dos imortais da Academia Brasileira de Letras. Martins Júnior, amando a justiça, sofreu injustiças, sendo sincero, teve que conhecer a insinceridade, sendo leal, a deslealdade, republicano, não foi compreendido pelos que assumiram o poder com a mudança do regime.

Mas, no início foi acentuado: Ele não é o exemplo único na História. Aliás, os exemplos são incontáveis.

São os Mártires e os heróis do progresso da humanidade e das nações. São aqueles que podemos lembrar com orgulho, mostrar como exemplo, glorificar com justiça.

BRASIL BANDECCHI

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Grandes vultos: Martins Júnior - Parte 18.

Conde D'Eu
 

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

MARTINS JÚNIOR – PARTE – 18.

Entre a oratória de Silva Jardim e Martins Júnior, havia diferença na forma. Enquanto o primeiro era agitado, flamejante, nervoso, explosivo, o segundo era mais ponderado, mais argumentador, procurava explicar mais do que exaltar.

Quando o Conde D’Eu, em 1889, nos derradeiros meses do Império, foi para o norte a fim de ver se salvava o prestígio da coroa que ia, dia a dia, enfraquecendo, Silva Jardim embarcou no mesmo navio e ia pronunciando discursos de propaganda republicana por onde passava o esposo de Isabel. Em Pernambuco, porém, os monarquistas organizaram-se contra Silva Jardim e quem o salvou foi Martins Júnior, defendendo-o pelas colunas do jornal O Norte.

Proclamada a República, sofreu, como Silva Jardim, duras decepções.

Logo após 15 de Novembro – escreve Rangel Moreira – reconheceu que a simples adoção da nova forma de governo não trazia ao País todos os benefícios de que este necessitava. Era preciso continuar a peleja, em prol da realização completa dos seus sonhos, guiando e polindo o espirito dos seu concidadãos, ensinando-lhes que a República deve ser o regime da vida às claras, da respeitabilidade dos dirigentes perante os dirigidos, dos sacrifícios individuais à grandeza da coletividade. Voltou-se com bravura a este trabalho de evangelização, esquecido dos seus próprios interesses, que aos seus olhos valeram menos que os da pátria. Não foi compreendido. Além de se lhe negar aptidão para a carreira política, de se tê-lo como um visionário, como um utopista incapaz de conduzir com fortaleza e tato os negócios do seu partido, atiraram-lhe calúnias, pôs-se em dúvida a pureza dos seus intuitos, viu-se afastado da orientação administrativa da terra que tanto amava.

Continua

BRASIL BANDECCHI

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