sexta-feira, 22 de dezembro de 2023


Mariano Osório

GRANDES VULTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS       DIVERSAS ATIVIDADES

BERNARDO O’HIGGINS

PARTE: 05

Em consequência das negociações foi firmado, em 3 de maio de 1814, o convênio conhecido como Tratado de Lircay. Por ele os patriotas reconheciam o rei de Espanha, mas conservariam o direito de se governar e as tropas expedicionárias abandonariam o território chileno.

Este tratado, impopular no Chile, devolveu o prestígio aos Carrera; José Miguel Carrera, no dia 22 de julho de 1814, deu um golpe e apoderou-se novamente do poder. Diante dêle levantava-se o exército de O’Higgins. Um pequeno choque no Rio Maipo deu vantagens a Carrera. A guerra civil foi impedida pela desaprovação feita ao tratado pelo vice-rei do Peru e pelo envio de uma força expedicionária sob o comando de Mariano Osório. O’Higgins, patriòticamente, aceitou a chefia de Carrera e fêz-se a reconciliação, mas subsistiram os ressentimentos entre ambos os chefes e seus soldados.

Os dois chefes concordaram em que O’Higgins resistiria aos espanhóis em Rancagua, enquanto Carrera se apresentaria com as tropas descansadas para pegar o inimigo entre dois fogos O’Higgins resistiu com heroísmo. Diante da ausência do exército de Carrera, que devia aparecer ao despontar da aurora, e contando com apenas 300 soldaos, O’Higgins abriu caminho a fio de espada.

Este fato dividiu mais ainda os dois chefes. Os partidários de Carrera acusavam o Tratado de Lircay, firmado por O’Higgins, de todos os males. Os de O’Higgins chegaram até a aventar a hipótese de que Carrera agiu premeditadamente ao deixar de socorrer seu rival em Rancagua, para que sucumbisse. Esta acusação monstruosa implicava em que Carrera quisera ver perdido com O’Higgins seu próprio irmão Juan José.

A notícia do desastre chegou a Santiago e provocou uma fuga dos comprometidos, os quais, transpondo os Andes,asilaram-se na província argentina de Cuyo.

Continua

FONTE: Forjadores do Mundo Moderno 

 

Meus queridos amigos(as) seguidores(as) e visitantes!


Primeiro que tudo, solicito minhas desculpas pela minha ausência do mundo virtual, é que resolvi fazer uma revisão geral na carcaça que no dia 23 de setembro próximo passado, completou 81 anos. Graças a DEUS até o momento está tudo bem e após os festejos de final de ano retornarei aos exames e, logo concluídos, retornarei ao maravilhoso convívio de vocês, quando retribuirei todas as visitas, pois quem visita, espera ser visitado.


Aproveito a oportunidade para agradecer as honrosas e valiosas companhia e compreensão de todos, pois sem essa extraordinária ajuda, jamais chegaria aonde cheguei.

 

Muito obrigado de coração.


Mais uma vez, desejo um Feliz Natal e que 2024 seja repleto de muito amor, muita paz e felicidades para todos.


QUE DEUS SEJA LOUVADO”


Beijos no coração de todos.


Rosemildo Sales Furtado

quarta-feira, 25 de outubro de 2023

Grandes vultos: Bernardo O'Higgins - Parte 04.

José Miguel Carrera
 

GRANDES VULTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

BERNARDO O’HIGGINS

PARTE: 04

O triunvirato de Santiago sucumbiu diante do movimento insurrecional, chefiado por José Miguel Carrera que, desgostoso porque achava não estar recompensado como merecia, deu um segundo golpe e formou um triunvirato composto de Martinez de Rosas, Gaspar Marin e ele. O Congresso não quis reconhecer Carrera e Martinez Rosas. Carrera, então, dissolveu o Congresso e assumiu o poder absoluto.

O Chile estava com dois governos: o de Santiago, absolutista, representado por Carrera, e o de Concepción, onde dominava o doutrinismo. As duas tendências não tardaram a se enfrentar.

Martinez de Rozas sucumbiu e Mendoza, desterrado, morreu poucos meses depois.

Carrera precisou justificar seu absolutismo. O Congresso dissolvido tinha declarado livres os filhos dos escravos e proibido o comércio de negros. Isto obrigou-o a abrir escolas gratuitas e a promulgar um decreto (outubro de 1812) pelo qual dispôs que não seria reconhecida nenhuma autoridade que não residisse no território Chileno. Era, pràticamente, a consumação da independência.

A reação espanhola não se fez esperar. O vice-rei do Peru enviou o brigadeiro Antonio Pareja para combater os revolucionários. Carrera não esteve à altura da situação. Num dos encontros precisou abandonar suas tropas. O exercito foi confiado a Bernardo O’Higgins, que conseguiu rechaçá-los. Pensava em expulsar o inimigo quando recebeu ordens de firmar a paz com eles.

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FONTE: Forjadores do Mundo Moderno 


terça-feira, 19 de setembro de 2023

Grandes vultos: Bernardo O'Higgins - Parte 03.

Francisco Garcia Carrasco

GRANDES VULTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

BERNARDO O’HIGGINS

PARTE: 03

O movimento revolucionário chileno inicia-se quando o Capitão-General Francisco Garcia Carrasco, a fim de fazer frente a opinião pública, que propugnava uma mudança de governo, prendeu e deportou José Antônio Rojas, Juan Antônio Ovalles e Bernardo Vera y Pintado. Isto provocou a cólera da nobreza latifundiária chilena, ferida em três de seus principais membros. Protestaram contra tal violência. Carrasco vacilou e ordenou a restituição dos presos. Já era tarde. Navegaram para Lima. Um movimento público, comandado pelos oligarcas, culminou com a deposição de Carrasco e com a formação de uma junta de governo presidida pelo octogenário Mateo de Toro Zambrano, conde da Conquista.


O governo do conde da Conquista reconheceu o governo do Conselho de Regência da Espanha. Isto provocou descontentamento dos partidários do governo próprio e formou-se outra Junta, cujo principal animador foi Juan Martinez de Rozas, conhecido por sua tendência separatista.

 

 Martinez de Rosas, virtualmente o chefe do movimento, tomou medidas audazes, tais como abrir os portos de Valparaíso, Talcahuano e Coquinho ao livre comércio e dissolver a Real Audiência, substituindo-a por uma Côrte Suprema de Justiça, tomando assim atribuições até então reservadas à monarquia.


No dia 04 de julho de 1811 reuniu-se o Congresso, que devia legitimar a situação. Predominou a tendência moderada e treze representantes de tendência radical separaram-se dele. O Congresso, sem se importar com esse protesto, nomeou uma Junta de Governo composta de três membros, encarregada ao Poder Executivo.


Martinez de Rosas, desgostoso, retirou-se para Concepción, onde conseguiu a instalação de uma Junta de Governo que sobrepujasse à de Santiago. Na Junta de Concepción dominavam amplamente os radicais.


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FONTE: Forjadores do Mundo Moderno

 

terça-feira, 15 de agosto de 2023

Grandes Vultos: Bernardo O'Higgins - Parte 02.

 

                                                   Juan Martinez de Rosas

GRANDES VULTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

BERNARDO O’HIGGINS

PARTE: 02

Um pequeno grupo de aristocratas tornou-se os dirigente intelectuais da separação. José Antônio Rojas, morgado, sustentava que “a Espanha é a porção mais abandonada da e desprezada da Europa”; Introduziu a Enciclopédia e as obras de Montesquieu,


O abade Camilo Henriquez apoiava sua doutrina separatista no direito canônico. “Os contratos - sustentava – devem ser feitos na possibilidade de seus deveres serem cumpridos reciprocamente. Se não, as coisas voltam ao momento anterior do contrato. D. Fernando VII, impossibilitado de cumprir o pacto social que tinha para com seus súditos, perde sua soberania.” Juan Egañan expoente do pensamento de unidade, defende a aliança geral da América; Manuel Salas, como síndico do Consulado, tinha redigido a Representação de 1796, onde resumia as aspirações econômicas dos crioulos chilenos.


Os chefes militares também sairão das fileiras da oligarquia agrária. José Miguel Car
FONTE: Forjadores drera pertencia a uma das mais ricas famílias chilenas. Seu pai fez parte mais tarde, da primeira Junta de Governo. José Miguel fez sua carreira militar na Espanha, onde se distinguiu na luta contra os franceses, atingindo o grau de primeiro-sargento dos hússares da Galisa. “Ali – diz um comentarista – demonstrou que possuía todas as qualidades necessárias para um assalto ao poder público”. Seus irmãos Juan José e Luís secundavam-no em seus propósitos radicais.

 

Outro é Bernardo O’Higgins que virá a ser a primeira figura da revolução chilena.


Bernardo O’Higgins, anteriormente chamado Bernardo Riquelme, era filho de Ambrósio O’Higgins, intendente de Concepción e mais tarde vice-rei do Peru, e de Isabel Riquelme. O’Higgins recebeu uma educação esmerada. Enviado para Londres entrou em contato com o grupo revolucionário que, agrupado em partidos, era dirigdo pelo venezuelano Francisco de Miranda, precursor da Independência Americana. Voltando ao Chile toma posse de Canteras, grande propriedade, herança de seu piai, e em Concepción vincula-se a tertúlia revolucionária de Juan Martinez de Rosas, teórico do movimento separatista. Levou para sua terra natal todas as inquietudes do seu tempo, porém um pouco atenuadas por uma concepção de executivo forte e por um sentido de ordem, talvez, de sua disciplina intelectual britânica.

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FONTE: Forjadores do Mundo Moderno


sábado, 15 de julho de 2023

(Bernardo O'Higgins)
 

GRANDES VULTOS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

BERNARDO O’HIGGINS

PARTE: 01

(1778 --1842)

 

O Chile era uma das quatro capitanias espanholas da América. Por volta de 1810, sua classe preponderante era uma aristocracia latifundiária, dona de quase toda riqueza natural e do comércio. A maioria da população pertencia à classe de servos rurais e meeiros, e o regime de morgados permitia a supremacia econômica de algumas famílias de origem espanhola.

Dezoito morgados com com 10 ou 12 títulos de Castela, compunham a Capitania.. A província de Santiago contava com cento e setenta e três propriedades rurais e a de Melipilla, com apenas vinte e quatro.

O movimento revolucionário que surge, com raízes na invasão da Espanha pelos franceses, vai ser dirigido por essa aristocracia latifundiária e apoiado pela grande massa rural, que se transformará no exercito da revolução.

contribuindo para a sua divulgação. Juan Martinez de Rojas, advogado notório, escreve um Catecismo Político que se tornou a bíblia do novo movimento. O Catecismo nega autoridade à Suprema Junta de Espanha para governar a América: “Os habitantes e províncias da América não juraram fidelidade, nem são vassalos ou dependentes dos habitantes das províncias da Espanha; os habitantes e províncias da Espanha não têm, portanto, autoridade, jurisdição ou poder sobre as províncias da América; não podem transferir para a Suprema Junta uma autoridade que não têm: a Suprema Junta não pode, pois, mandar legalmente na América”. Bernardo Vera y Pintado, catedrático da Universidade declara que “nossa maior felicidade devia consistir na independência a que todos devemos aspirar”.

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FONTE: Forjadores do Mundo Moderno



sexta-feira, 26 de maio de 2023

Grandes vultos: Martins Fontes - Parte 03.


GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

MARTINS FONTES PARTE 03.

No desempenho desse mister deparou-se com um homem com a vista completamente inflamada, apresentando uma ulceração na córnea. Com muito cuidado e carinho, conseguiu dobrar a pálpebra superior e com a ponta de uma gaze fazendo as vezes do instrumento apropriado, retirou da vista do paciente uma lasca de madeira. Por sua abnegação e vontade aliadas ao esforço no auxílio aos menos privilegiados, esquecido de tudo e todos, interessou-se pelo paciente que já se considerava cego e diariamente ia fazer-lhe os curativos necessários.

Quando o paciente recuperou-se totalmente do mal, foi agradecer-lhe seus préstimos, dizendo-lhe num gesto de humildade; – “Como o senhor é bom, Dr. Fontes”, ao que lhe respondeu o generoso e nobre amigo: – “se todo mundo soubesse como é bom ser bom”.

De volta ao Acre, em 1910, é designado chefe da Assistência Escolar da prefeitura carioca, ao tempo do prefeito Serzedelo Correia Fontes. Neste posto sua permanência foi curta, pois logo voltou a Santos junto ao convívio de seus familiares, pois preocupava-se demais com a saúde dos mesmos, que eram para si, juntamente com os amigos, tudo o que possuía na vida. Na terra que o viu nascer, foi médico interno da Santa Casa de Misericórdia, lotado na chefia do serviço de tuberculose. Mais tarde, foi nomeado inspetor sanitário e posteriormente diretor do Centro de Saúde que hoje, numa justa homenagem, ostente seu nome, e ainda diretor do hospital de isolamento de Santos, na rua Oswaldo Cruz.

Nomeado professor de Fisiologia da Faculdade de Medicina de São Paulo, não tomou posse da cátedra por motivos de viagem à Europa, antes do início do curso letivo.

Posteriormente, com Jaime Gonçalves, instala um consultório médico para clínica particular e atendimento dos clientes das instituições das quais era médico. No terreno financeiro não progrediu neste mister, pois movido por sua generosidade, não cobrava dos doentes reconhecidamente pobres. Seus ideais socialistas faziam-no, para os humildes, de uma dedicação ímpar, a quem prestava ajuda e atenção fundamental .

Dizia ele que o clínico representa para o doente um papel importante, pois embora não possa restabelecer a saúde sistematicamente porque seu poder e força são limitados, pode animar, reconfortar, e dar esperanças. Se assim dizia assim praticava, pois frequentemente visitava seus clientes internos no nosocômio da Santa Casa, animando-os, reconfortando-os, chegando até a pedir a sua mãe, que preparasse torradas ou outro alimento para aqueles que não se habituavam às refeições do hospital.

Rico em bondade, exuberante em beleza moral, morreu pobre o autor de “Boemia Galante”. Grande vácuo abriu-se no mundo de nossas letras. Perdia Santos, berço de tantos e tão ilustres filhos, seu maior vate, o amigo dos humildes, o homem de alma tão radiante e bela com o cravo que nunca o abandonava à lapela.

LEVY ALVES DA INVENÇÃO



quarta-feira, 26 de abril de 2023

Grandes vultos: Martins Fontes -- Parte 02.

Olavo Bilac 
 

 

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

MARTINS FONTES – PARTE 02.

Em 1908, juntamente com Maurício Lacerda e mais 21 colegas, participou do primeiro Congresso Internacional da Juventude Americana realizado em Montevidéu. Aí, empolgaram os congressistas de tal forma, que foram ambos proclamados oradores oficiais do conclave.

Durante os anos de Faculdade, para poder sustentar seus estudos, escrevia para a Gazeta de Notícias e para a revista Careta, ambos do Rio de Janeiro.

Ainda na Faculdade conheceu os intelectuais da época entre eles Olavo Bilac, através de quem ingressou no mundo das letras e das artes. Nesta etapa passou a frequentar a Confeitaria Colombo, ponto de reunião obrigatória da intelectualidade de então.

Foi um dos fundadores juntamente com outros da Sociedade dos Homens de Letras, que teve pouco tempo de duração, face ao desinteresse dos sócios, que preferiram a Colombo para deblaterar sobre literatura, críticas e divulgações.

Médico recém formado, fez parte, em 1908, da Comissão de Obras do Acre, sob a direção de Bueno de Andrade.

Após vinte dias de viagem em navio do Loide Brasileiro, chega aquele território, terra promissora, onde, face aos áureos tempos da borracha, era grande o afluxo de pessoas de outras unidades da federação e quiçá do estrangeiro. Como paradoxo à riqueza de uma minoria privilegiada dos senhores da borracha, vivia a grande maioria em alto grau de miséria e pauperismo, famintos, doentes e desnutridos. Eram os homens dos seringais, que penetravam nas selvas em busca do látex para, ao fim de meses de estafante labor, vivendo em contato com feras, numa região sub-humana, sem a mais elementar condição de higiene ou assistência médica, trazerem o fruto do seu trabalho, futura remessa aos grandes centros consumidores. Foi a esses homens, espoliados, doentes, maltrapilhos, que juntou-se o “homem do cravo vermelho à lapela”, para prestar-lhes assistência médica, orientá-los na cura de seus males, dando-lhes alguns ensinamentos de higiene, moderno missionário, levando-lhes o conforto espiritual, provando-lhes o quanto era bom e generoso.

Continua

LEVY ALVES DA INVENÇÃO


domingo, 26 de março de 2023


Martins Fontes

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

MARTINS FONTES

(1884–1937)

Como é bom ser bom”

José Martins Fontes, poeta santista, nasceu a 23 de junho de 1884, filho do também ilustre médico Silvério Fontes, sociólogo e jornalista e de D. Isabel Martins, que lhe ministrou os primeiros ensinamento das letras.

Cursou vários estabelecimentos de ensino de nossa terra, entre eles o Colégio Tarquínio Silva. Após concluir o curso primário em sua terra natal, translada-se para Jacareí, no interior do Estado onde conclui o curso ginasial. Em toda sua carreira como estudante, sempre foi um excelente aluno, fiel e disciplinado, granjeando com sua agradabilidade, nobreza de caráter e generosidade, a simpatia de colegas e mestres.

Aplicado e talentoso, ainda menino, em 1894, proferiu seu primeiro discurso, no Centro Socialista de Santos, fundado por seu genitor em 1889 e quem mais tarde, em 1902, lançou o primeiro número do jornal “A questão social”.

A convivência com o pai, a Grande Guerra e a revolução russa aliados ao seu profundo conhecimento dos livros de Bakounine e Karl Marx, de quem era leitor assíduo, iriam mais tarde conduzi-lo aos ideais socialistas.



Moço de dicção impecável, recebeu a incumbência de discursar em nome dos alunos da Faculdade, na homenagem prestada ao professor Oscar de Sousa, da cátedra de Fisiologia, pela passagem de seu natalício. Neste dia, o poeta de “Verão” recebeu sua maior consagração, começando daí seu prestígio a galgar o caminho da glória; sendo proclamado o orador oficial da escola, recebeu com modéstia a tarefa de discursar em nome de todos quando das comemorações.

Quando da viagEm 1901, transferiu-se para o Rio de Janeiro, levando como bagagem, seu talento literário e poético. Na então capital federal, matriculou-se na Faculdade de Medicina. Novamente, aqui, sua simpatia pessoal e inteligência indiscutíveis, lhe granjeiam a amizade de todos, fazendo-o tornar-se a figura central dentro do estabelecimento de ensino, ganhando logo, a turma da qual fazia parte, o epíteto de “turma dos Fontes”. em de Santos Dumont a São Paulo, por motivos de ordem técnica, o trem que o conduzia ficou retido na Barra do Piraí: os estudantes não perderam a oportunidade; na plataforma da estação improvisaram um palanque e lá estava o moço santista, encantando a todos os que o ouviam, discursando na homenagem ao “Pai da aviação”.

Continua

LEVY ALVES DA INVENÇÃO

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