segunda-feira, 21 de dezembro de 2020

A ti, meu velho Noel.

A TI, MEU VELHO NOEL


A ti, meu barbudo de vermelho, ó gordinho,

Que vives pelo mundo e nunca te cansas.

Viajando num trenó, sempre só, coitadinho,

Realizando o sonho de inúmeras crianças.


Que sejas pai ou papai, pouco importa,

O mais importante é que sejas o Noel.

E sejas solidário, não escolhas a porta,

Presenteis a todos e cumpras o teu papel.


Ser pobre ou miserável, não é um desejo,

Nem escolha que faz, a criança ao nascer.

É simplesmente a sina, que traz no ensejo,

Que pode mudar, com o tempo, ao crescer.


O filho do rico todo dia tem presente, é festa,

Tanto para o do campo, quanto o da capital.

Já para o do pobre, a esperança que lhe resta,

É esperar com paciência, a chegada do Natal.


És querido por todas, meu velhinho amado,

Pelas crianças pobres, e pelas crianças nobres.

Mas nunca, jamais, deverá ser comparado,

O amor das nobres com o imenso amor das pobres.


R.S. Furtado. 

 

MEUS QUERIDOS AMIGOS!

O Natal chegou, e com ele as festas, as alegrias, e acenderam-se as esperanças de muitos, quanto à obtenção de dias melhores. Aproveitamos a oportunidade, para agradecer a todos, indistintamente, pelo apoio e pelo carinho dedicado aos nossos espaços, o Arte & Emoções e o Literatura & Companhia Ilimitada, não só aos nossos queridos e leais amigos seguidores, como também, àqueles que nos visitaram durante o ano de 2020, pois temos certeza de que sem esse apoio jamais teríamos chegado aonde chegamos nesses doze anos de blogosfera. Não sei se será pedir demais, mas gostaríamos de continuar contando com esse valiosíssimo apoio, por tratar-se do nosso principal fomento e a razão maior da nossa existência. A partir de hoje, faremos uma pequena pausa para descanso, repor as energias e concatenar as ideias, e somente retornaremos em 2021, ocasião em que atualizaremos as nossas visitas.

Pedimos ao nosso DEUS misericordioso que cubra com seu manto todo o universo, abençoe, proteja e proporcione a todos os viventes de um modo geral, um Feliz Natal e que o ano de 2021 seja isento de quaisquer pandemias e seja de muita saúde, paz, amor, e felicidades, e que o homem adote como prioridades, o amor, a compreensão, a harmonia e a solidariedade para com o seu semelhante, e assim, possamos ter um mundo bem mais justo e bem mais humano.

Muitíssimo obrigado de coração e até 2021.

“QUE DEUS SEJA LOUVADO”

Rosemildo Sales Furtado. 

 

quarta-feira, 16 de dezembro de 2020

Grandes vultos: Marechal Rondon: Parte 02.

Rio Negro

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

CÂNDIDO M. DA S . RONDON Parte – 02.

Sertanista, conheceu amplamente o coração do Brasil, graças à atividade pioneira das construções de linhas telegráficas, de Cuiabá ao Araguaia (1890-1891), de Cuiabá a Corumbá, prolongando-se até as fronteiras do Paraguai e Bolívia (1900-1906), outros pontos de Mato Grosso, e exploração do Rio Negro. É ele próprio que diz: – “Realizei, ao mesmo tempo, enorme série de explorações, desvendando os segredos dos pantanais, executando estudos geográficos, fazendo determinação precisa de coordenadas de pontos que poderiam servir de base a futuras operações geodésicas, fazendo classificações na flora e na fauna. E tive, assim, a alegria de conseguir que a vastíssima região do sul de Mato Grasso se tornasse uma das mais bem conhecidas do território nacional, não só sob o ponto de vista cartográfico, como também quanto a população, riquezas materiais do solo, capacidade de produção, recursos, vias de comunicação.

Assim, os trabalhos de reconhecimento e determinações geográficas, o estudo das riquezas minerais, de constituição do solo, do clima, das florestas, dos rios, caminharam, pari-passu, com os trabalhos da construção da linha telegráfica, do traçado de estradas de penetração, do lançamento de futuros centros de povoação, da instalação das primeiras lavouras e dos primeiros núcleos de criação de gado. Só assim,pudera eu, na exploração anterior, entregar a Pátria não só um território até ai desconhecido, como também as populações desse território já mansamente afeiçoadas à nossa gente, aptas para prosseguir espontaneamente na sua evolução.”

Na fase de 1915-1919 fez muito mais ainda: “Levantamos, ainda, as cabeceiras dos rios Correntes, Itiquira, Garças, São Lourenço – como complemento de levantamentos anteriores dos cursos desses rios – Arinos e Teles Pires, antigo São Miguel, e delineamos os divisores destes rios e do Xingu com o Cuiabá e o Rio das Mortes.

Concluímos o estudo das cabeceiras do Xingu, levantando o Coluene e traçamos nas plantas os cursos exatos dos rios: alto e médio Paraguai e seus tributários Miranda, Aquidauana, Negro, Taquari, São Lourenço, Piquiri, Correntes, Itiquiré, afluente do Parnaíba; Araguaia e seus tributários das Garças e das Mortes; Coluene, cabeceira principal do Xingu; Teles Pires, confluente do Jurema; Roosevelt, com seus dois formadores: Dúvida e Capitão Cardoso; Gi-Paraná e seus tributários, Jaru, São Domingos, Amari e Machadinho; Janari e seu confluente Candeias; Jaci-Paraná e seu tributário Branco; Marmelos e seus afluentes Maici e Branco; Sucunduri e Canuman; alto e baixo Guaporé e seus tributários, Cabixi, Corumbiara, Miguel e Cautário; baixo Mamoré.

Continua

quarta-feira, 2 de dezembro de 2020

Grandes vultos: Marechal Rondon - Parte 01.

  


GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

CÂNDIDO M. DA S . RONDON – Parte 01.

(1865–1958)

“Morrer se necessário for; matar nunca”

Cândido Mariano da Silva Rondon, o mais famoso dos sertanistas brasileiros, nasceu a 5 de maio de 1865, de origem luso-espanhola, da parte do pai e indígena da mãe: terena e bororo. O seu interesse pela causa dos índios, pacificando-os, procurando enquadrá-los na civilização dos brancos, encontra antes de mais nada determinantes hereditárias. Foi-lhe berço natal o vilarejo de Mimoso no Estado do Mato Grosso, a cidade de Antônio João, aquele mesmo que se imolou diante dos paraguaios à hora da invasão, não sem deixar, feito almirante batavo, uma frase reboante para a nossa posteridade, tão amiga dessas expressões retóricas: “sei que morro, mas o meu sangue e o de meus companheiros servirá de protesto solene contra a invasão do solo da minha pátria.”

De grande timidez, um caso a mais para a fileira dos complexados de inferioridade de Adler e que terminaram por se realizar na vida, mercê de penoso trabalho de compensação. Estudou na Escola Militar. Este famoso estabelecimento de instrução militar marca um interregno de sua vida que vai de 1884 a 1890. O seu mestre mais notável e a quem ele ficaria ligado por toda a vida por um sentimento de admiração e gratidão foi Benjamim Constant. Sua filha mais velha viria a chamar-se Araci como a filha de seu Mestre, e seu filho nascido em 1894, Benjamim Constant. O que a Escola Militar lhe incutiu, antes de mais nada, foi o Positivismo. A grande sombra de Augusto Conte desdobrava as asas sobre a sua figura e ele foi sem sombra de dúvida o último grande positivista brasileiro. A sua atuação na propaganda republicana é um episódio de sua vida que no seu caso como no de muitos frisa a sua fidelidade ao ideário comtiano. Participa de conferências políticas, preparatórias do grande movimento. O comandante da Escola adverte-os: “Não compareçam a essas reuniões, ou, se o fizerem, não o façam fardados”. Rondon não aceitou a ordem: “Não posso ir a parte alguma sem ser fardado; O Sr. Comandante fará o que julgar de seu dever”. Republicano com essas raízes comtistas, é a sua biografia que assevera: “Convencido pelos ensinamentos de Augusto Comte, transmitidos principalmente por Miguel Lemos e Teixeira Mendes – de que a sociedade e o homem, tal como o mundo, obedecem a leis naturais, compreendeu que a reforma das instituições devia ser precedida pela regeneração de opiniões e costumes.” Foi o discípulo mais amado de Benjamim Constant que por vezes lhe confiaria missões delicadas à realizações de planos em prol da causa. Abolicionista, republicano, o seu nome viria à tona na nossa história política mais recente, no decorrer de nossas últimas revoluções. Procurou-se envolver o seu nome no famoso episódio das cartas ofensivas ao exército, atribuídas (injustamente) ao candidato Artur Bernardes. Buscou-se seu apoio para a insurreição contra o poder constituído ao que ele reagia baseado nos ensinamentos de Comte: “Não nos ensinaram que o mais retrógrado governo é preferível à mais progressiva revolução?… Aderir à Revolução é ir de encontro aos princípios que abraçamos que só visam ao bem da Pátria e da Humanidade.” O que não impedia, pelo contrário, determinava que assumisse atitudes contra-revolucionárias, às claras, incluindo-se entre os que perseguiram a Coluna Prestes no sertão do Brasil.

Continua

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