HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 6
CUBA
O século XIX apresenta, inicialmente, um romancista,
Gabriel de la Conceptión Valdés (cognominado Plácido 1809-1844), e
dois poetas, José Maria Heredia (1803-1839) e Juan Clemente Zenea
(1832-1871). Plácido apresenta importante produção lírica e
destaca-se por seu romance intitulado “Xicoténcal”. José Maria
Heredia é poeta de simplicidade formal e de admirável ternura, como
o revela o poema de meditação elegíaca “En el teocali de
Cholula”; Juan C. Zenea celebrizou-se com seu poema “Fidelia”,
autêntico símbolo poético da pátria oprimida.
O poeta José Marti (1853-1895) renova a poesia de seu
país com a suavidade e simplicidade de sua expressão poética
precursora do modernismo e concretizada, principalmente, no livro
“Ismaelillo”.
A seguir, afirma-se a poesia cubana com os
significativos poetas modernos: José Manuel Poveda (1888-1940),
Agostín Acosta (1886-1979), Mariano Brull (1891-1956), Eugenio
Florit (1903-1999), Emilio Ballagas (1908-1954) e Nicolás Guillén
1902-1989). Poveda apresenta notável sonoridade e elegância em seus
versos e é bastante influenciado por Lugones e Laforgue. Acosta é
autor de “Hermanita”, livro pleno de suave melancolia, e também
de “La Zafra”, com o qual dedica-se às preocupações sociais
sem perder o lirismo – estas duas linhas gerais estarão presentes
na poesia cubana do século XX. A poesia pura é composta por Mariano
Brull, com o qual chega, algumas vezes, a converter-se em meros jogos
auditivos, e também adotada por Florit, com o qual serve de
instrumento artístico para elevar o nível lírico-poético, o
cotidiano e até o vulgar. A poesia de Brull pode ser apreciada em
“La casa del silencio”, “Canto redondo”, “Solo de rosa”
ou “Tiempo en pena”; a poesia de Florit foi reunida em 1956 em
sua “Antologia poética”. A preocupação social aparece em
Emilio Balllagas, autor de “Sabor eterno”, “Nuestra Señora del
Mar” e “Cuaderno de poesía negra”; aparece também em Nicolás
Guillén, em cujos versos harmonizam-se perfeitamente com a elevação
lírica. De fato, é Guillén um poeta que atingiu plenamente sua
maturidade artística ao aliar lirismo e reivindicação social para
demonstrar seu profundo amor ao ser humano. Da obra de Guillén é
necessário citar: “Motivos de son”; “West Indies, Ltd.”;
“Cantos para soldados y sones para turistas”; “Elegias”; e
sua máxima realização poética --”El son entero”.
Na moderna prosa cubana, destacam-se: Alejo Carpentier
(1904-1980), Lino Novás Calvo (1903-1983), Alfonso Hernández Catá
(1885-1940) e Virgilio Piñera (1912-1979). Carpentier destaca-se com
seu livro “El acoso”, no qual é possível observar a construção
elaborada e a maestria tanto na formação do diálogo interior como
na direta apresentação dos fatos. Novás Calvo, autor de “No sé
quién soy” e de “En los traspatios”, apresenta o relato
literário fantástico dos absurdos da sociedade e da vida. Contistas
são Hernández Catá e Visgilio Piñera: este, à semelhança de
Novás Calvo, capta o absurdo existencial e o transcreve com
originais angústia e ironia, como o demonstram seus “Cuentos
fríos”; aquele que apresenta perfeito sentido do trágico e
completo domínio dos aspectos do conto, como o revela seu livro “La
casa de fieras”.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
Visite também:
3 comentários:
Rosemildo, meu amigo, que boa fonte de pesquisa literária fazes por aqui!
Um ótimo fim de semana!Bjs
OI ROSEMILDO!
BEM LEGAL TEU POST, NOS TRAZENDO AO CONHECIMENTO ESCRITORES QUE NÃO CONHECÍAMOS E QUE AO PARTIR DA LEITURA QUE ENCONTRAMOS AQUI, SAÍMOS MAIS ENRIQUECIDOS.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
Entre chegadas e partidas, uns segundos para deixar um grande abraço.
Estou com uma espécie de Foto-Blog,porque o tempo não dá para mais.
Tinha que vir matar saudades.
:X D
http://acontarvindodoceu.blogspot.pt
Postar um comentário