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quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Literatura Hispano-americana - Parte 06.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL 
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 6
CUBA

O século XIX apresenta, inicialmente, um romancista, Gabriel de la Conceptión Valdés (cognominado Plácido 1809-1844), e dois poetas, José Maria Heredia (1803-1839) e Juan Clemente Zenea (1832-1871). Plácido apresenta importante produção lírica e destaca-se por seu romance intitulado “Xicoténcal”. José Maria Heredia é poeta de simplicidade formal e de admirável ternura, como o revela o poema de meditação elegíaca “En el teocali de Cholula”; Juan C. Zenea celebrizou-se com seu poema “Fidelia”, autêntico símbolo poético da pátria oprimida.
 
O poeta José Marti (1853-1895) renova a poesia de seu país com a suavidade e simplicidade de sua expressão poética precursora do modernismo e concretizada, principalmente, no livro “Ismaelillo”.
 
A seguir, afirma-se a poesia cubana com os significativos poetas modernos: José Manuel Poveda (1888-1940), Agostín Acosta (1886-1979), Mariano Brull (1891-1956), Eugenio Florit (1903-1999), Emilio Ballagas (1908-1954) e Nicolás Guillén 1902-1989). Poveda apresenta notável sonoridade e elegância em seus versos e é bastante influenciado por Lugones e Laforgue. Acosta é autor de “Hermanita”, livro pleno de suave melancolia, e também de “La Zafra”, com o qual dedica-se às preocupações sociais sem perder o lirismo – estas duas linhas gerais estarão presentes na poesia cubana do século XX. A poesia pura é composta por Mariano Brull, com o qual chega, algumas vezes, a converter-se em meros jogos auditivos, e também adotada por Florit, com o qual serve de instrumento artístico para elevar o nível lírico-poético, o cotidiano e até o vulgar. A poesia de Brull pode ser apreciada em “La casa del silencio”, “Canto redondo”, “Solo de rosa” ou “Tiempo en pena”; a poesia de Florit foi reunida em 1956 em sua “Antologia poética”. A preocupação social aparece em Emilio Balllagas, autor de “Sabor eterno”, “Nuestra Señora del Mar” e “Cuaderno de poesía negra”; aparece também em Nicolás Guillén, em cujos versos harmonizam-se perfeitamente com a elevação lírica. De fato, é Guillén um poeta que atingiu plenamente sua maturidade artística ao aliar lirismo e reivindicação social para demonstrar seu profundo amor ao ser humano. Da obra de Guillén é necessário citar: “Motivos de son”; “West Indies, Ltd.”; “Cantos para soldados y sones para turistas”; “Elegias”; e sua máxima realização poética --”El son entero”.
 
Na moderna prosa cubana, destacam-se: Alejo Carpentier (1904-1980), Lino Novás Calvo (1903-1983), Alfonso Hernández Catá (1885-1940) e Virgilio Piñera (1912-1979). Carpentier destaca-se com seu livro “El acoso”, no qual é possível observar a construção elaborada e a maestria tanto na formação do diálogo interior como na direta apresentação dos fatos. Novás Calvo, autor de “No sé quién soy” e de “En los traspatios”, apresenta o relato literário fantástico dos absurdos da sociedade e da vida. Contistas são Hernández Catá e Visgilio Piñera: este, à semelhança de Novás Calvo, capta o absurdo existencial e o transcreve com originais angústia e ironia, como o demonstram seus “Cuentos fríos”; aquele que apresenta perfeito sentido do trágico e completo domínio dos aspectos do conto, como o revela seu livro “La casa de fieras”.
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7. 
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