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quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Literatura ocidental-Parte 35.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 35

LITERATURA INGLESA

George Bernard Shaw (1856-1950) encerra a época vitoriana e inicia os tempos atuais. Shaw é destacado romancista, dramaturgo, humorista e teórico de uma espécie de socialismo. Como teórico do socialismo publicou o famoso livro “Fabian Essays in Socialism”; mas, a fama e renome de Shaw é, sobretudo, justificada por suas peças teatrais, dentre as quais é difícil selecionar algumas apenas. Excelentes, certamente, são: “Saint Joan”, “Major Barbara”, “Doctor's Dilemma”, “Man and Superman”, “Andocles and the Lion”, “Back to Mathuselah”, “Captain Brassbound's Conversion”, “The Devil's Disciple”, “The Apple Cart”, “Heartbreak House” e as demais...

Iniciada a época vitoriana com a figura típica do cidadão Kipling, concluída pode ser com sua completa negação: Edward Morgan Forster (1879), autor de “A Passage to India”. O antkipling E. M. Forster é notável no combate ao nacionalismo e ao imperialismo britânicos.

Tempos atuais

Virginia (Stephen) Woolf (1861-1923) é autora dos romances “Jacob's Room”, “Mrs. Dalloway”, “To the Lighthouse” e “Orlando”, nos quais aparece sua preocupação fundamental com a significação dos fatos passados inseridos no presente para a justificação da existência humana.

Aldous Huxley (1894) publicou como romancista: “Antic Hay”, “Brave new world”, Those Barren Leaves”, “Point Counter Point” e “Ecless in Gaza”. Huxley é crítico constante da sociedade e do intelectualismo e a evolução de sua obra atesta um progressivo pessimismo místico. A estruturação de seus romances consiste na apresentação do presente e do passado sem ordem objetiva temporal.

Graham Greene (1904), G. K. Chesterton (1874-1936) e Evelyn Waugh (1903) são todos importantes escritores do catolicismo atual. Green – autor de “Stamboul Train”, “Brighton Rock”, “The Heart of the Matter”, “The Ministry of Fear” e “The End of the Affair” – é o romancista do silêncio de Deus e da angústia do homem, bem como dos paradoxais processos da Salvação e da Graça. Chesterton é autor de contos de detetive (“Padre Brown”), romancista (“The Man who was Thursdey”), ensaísta e biógrafo. Gilbert Keith Chesterton muito contribuiu para a renovação da mentalidade católica. Evelyn Waugh é mestre do humor impiedoso em sua amargura, como o revelam suas obras principais: “A Handful of Dust”, Brideshead Revisited” e “The Loved One”.

Merecem destaque, ainda, escritores como: Joseph Conrad (1857-1924), romancista do mar e do destino humano (“Lord Jim” e “Under Western Eves”); D. H. Lawrence (1885-1930), que desenvolve a temática do sexo e dos mistérios do subconsciente (“Sons and Lovers”, “Lady Chatterley's Lover”); William Somerset Maugham (1874), construtor perfeito de romances (“Of Human Bondage”, “The Moon and Sixpence”) e de contos (“The Trembling of a Leaf “ e “Rain”); KatherineMansfield (1888-1923), contista sutil da solidão dos seres humanos (“In a german Pension”, “Prelude”, “Bliss”, “The Garden Party”, “The Dove's Nest” e “Something Childish”; e, sobretudo, James Joyce (1882-1941). Joyce renovou a técnica do romance com seus livros “Ulisses” e “Finnegan's Wake” ao combinar com perfeição o realismo e a introspecção num contexto simbólico extraordinário através do recurso ao monólogo interior ampliado.

O mais notável poeta da literatura inglesa moderna é o norte-americano de nascimento T.S. Eliot (1888), cujos poemas estão reunidos em “Collected Poems”. O tema central da poesia intelectual e trágica de Eliot é a angústia perante a necessidade de descobrir o sentido da existência humana. Thomas Stearns Eliot é também um dos maiores ensaístas (“The Sacred Wood, “Selected Essays”, “The Use of Poetry and the of Criticism” e “On Poetry and Poets”), além de excelente dramaturgo – poeta em “Murder in the Cathedral”.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 80/81.


Meus queridos amigos!

Depois de quase três meses de ausência, tempo utilizado para solução de assuntos particulares, eis que, com a graça de DEUS, aqui estamos de volta para agraciar-nos com o maravilhoso convívio de todos vocês.

Aproveitamos a oportunidade, para agradecer pela valiosa compreensão, informar que estamos bem, e que, aos poucos, todas as visitas serão retribuídas, pois, como sempre, a recíproca será verdadeira.

Muito obrigado de coração.

“QUE DEUS SEJA LOUVADO”

Rosemildo Sales Furtado

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Literatura Ocidental - Parte 05.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 05

A ORATÓRIA ROMANA

Embora imensamente importante, a oratória nem sempre, devido ao seu caráter predominantemente oral, consegue chegar aos registros da linguagem artística.

Pode-se apenas apreciar Cícero (Marco Túlio Cícero – 103-43 a.C.) cujas obras essenciais conseguiram sobreviver, atingindo influência excepcional. Suas célebres Catilinárias descrevem como perigosa conspiração que poderia provocar a destruição social de Roma a tentativa progressista de Catilina no sentido de reformular a ultra-conservadora estrutura sócio-econômica do império. Legou-nos vasta obra que pode ser classificada em tratados de retórica (De Inventione, De Oratore, Brutus etc.), 14 discursos e diversas cartas, tratados de política e de divulgação filosófica (De república, De Legibus etc.). Seu epistolário é sumamente agradável e elucidativo da vida romana.

Como estilista exerce influência constante sobre a posteridade que busca reproduzir sua pureza, vigor e riqueza expressiva.


A LITERATURA CRISTÃ INICIAL

A primeira língua que serve para a transmissão e divulgação do cristianismo é a grega. Nela foi elaborada a versão de Alexandria que introduziu a Bíblia ao mundo não-semita. Paulo, apesar de cidadão romano, redigiu suas epístolas em língua grega.

Também em grego foram travados os primeiros debates teológicos, redigidas as primeiras controvérsias entre pensadores cristãos e não-cristãos e compostas as primeiras apologias da religião nova. Paralelamente, iniciava-se uma literatura cristã em latim. Uma refutação ao filósofo não-cristão Celso foi escrita por Orígenes de Alexandria (187-254). No século III, um grego anônimo compôs uma Exortação aos Gregos, que embora curiosa é notável pelo grau de erudição que revela.

Uma Apologética com o objetivo de convencer os magistrados romanos a não mais perseguirem os adeptos da nova religião marca o aparecimento do primeiro apologista que se expressa na literatura latino-cristã: Tertuliano (160-240).

São Jerônimo (331-420), profundo conhecedor do grego e do hebraico, traduziu para o latim a Bíblia conhecida como versão Vulgata. Em sua abundante correspondência transparece sua natureza que embora generosa revela-se também enérgica e agressiva. É autor de numerosas crônicas e homílias. A Igreja considera-o santo patrono dos tradutores e dos escritores.

Santo Agostinho (354-430) é o mais atraente autor da literatura latino-cristã. Esforçou-se em elaborar uma síntese entre o pensamento platônico e a teologia cristã em sua célebre “De-Civitate Dei”. O desenvolvimento do pensamento cristão tem sido no sentido de exaltar crescentemente o êxito do agostinismo. Literariamente sobreleva-se sua obra “Confissões” na qual inaugura uma literatura pessoa de introspecção e de preocupações existenciais.


LITERATURA MEDIEVAL EUROPEIA

Inicia-se a idade média com a cisão oficial do império romano em 395 em Ocidental romano e Oriental bizantino e posterior aniquilamento do primeiro sobre pressão dos bárbaros (476). Seu final é marcado pelo desaparecimento do império do Oriente com a tomada de Constantinopla pelos turcos em 1495.

A partir do século VIII o latim não consegue sobreviver a não ser como veículo de expressão religiosa e erudita. O povo, que não mais compreende o latim de Cícero, elabora nova tradição e constitui as novas línguas que formarão a Europa moderna. Também o mesmo ocorre no império Oriental no qual a separação e isolamento dos intelectuais seria expressa pelo conceito de bizantinismo que acompanharia a classificação deste diletantismo erudito afastado da realidade.

O primeiro texto de importância em latim vulgar, ou propriamente em francês, é a proclamação de Lotário “Juramentos de Estrasburgo” que pronunciou em 842 quando em guerra de disputa com os demais netos de Carlos Magno: Luís, o germânico e Carlos, o calvo.

Um século após, poemas religiosas são traduzidos em língua romana: “Cantilena de Santa Eulália”. Ensaio original é constituído pela breve narração que, embora ingênua, procura alcançar clareza e exatidão estilísticas: os trezentos versos conhecidos como “Vie de Saint Léger”. Em 1080 é elaborada a célebre “Canção de Roland”, primeiro texto literário valioso da literatura neolatina. Observe-se, novamente, a precedência da linguagem poética sobre a prosaica.

(Continua no próximo post.)

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 32/34. 

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quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Literatura ocidental - Parte 03.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 03

A IDADE DA POESIA LÍRICA

As condições sociopolítico-econômicas que se constituem a partir do século VIII e chegam até o século V a.C. proporcionam maior estabilidade a sociedade grega e desenvolvem a noção dos direitos das comunidades e dos indivíduos. O centro de interesse fundamental não mais é organizado em sínteses mitológicas, mas, concentrado no próprio homem, o que fornece propício terreno para pleno desenvolvimento do lirismo.

Existem dois grandes tipos de poesia lírica: o canto coral e a monódia. Procedendo do canto popular, apresentava a monódia texto e música mais simples que o canto coral e era caracterizada pelo melancólico. Pode ser considerada como ancestral da moderna ópera.

Novo lirismo de profunda expressão pessoal e autenticamente literário nasce com Arquiloque de Paros (século VII) que, numa linguagem simples quase coloquial, fala em termos subjetivos do amor por uma jovem que não desposou e da guerra que mutila sua existência.

As duas mais importantes personalidades do lirismo grego foram Safo, autora de numerosas canções, epitalâmios, hinos e elegias; e Píndaro, criador da Ode e estilista brilhante, imaginoso e de rara vivacidade.



A TRAGÉDIA E A COMÉDIA

São imensamente importantes os nomes de Ésquilo, Sófocles e Eurípedes, pois determinaram a evolução do teatro e fornecem a constante fonte de mitos e arquétipos que recorrerão em toda a literatura ocidental posterior. Devem ser acrescentados, embora em plano não tão elevado, os nomes de Aristófanes e Meandro. Ésquilo (525-456) baseia suas peças em motivos épicos da Grécia e concebe o drama como fator de unidade nacional. Restam de suas 70 tragédias e 20 dramas as seguintes peças: Agamenon, As Suplicantes, Os Sete contra Tebas, Prometeu Acorrentado, Os Persas, Coéforas. Sua tragédia, lírica por excelência, é caracterizada pela violência de sentimentos e pela presença toda poderosa do Destino. É suprema a importância dos coros.

Sófocles (496-405), autor de Antígona, Ajax, Édipo em Colona, Édipo Rei, Filoctetes e Traquinianas – ultrapassa a realidade humana pela predominância do ideal e apresenta ação mais complexa e desenvolvida de Ésquilo.

Eurípedes (480-406) apresenta a máxima fidelidade possível ao real em suas peças, das quais destacamos: Hipólito, Ifigênia em Táurida, Ifigênia em Áulida, Medéia e, como obra-prima, Baco. Seu tema principal é o amor.

Na comédia, destacam-se Aristófanes (445-338), excelente na sátira político-social, e Menandro, que se dedica à crítica ao homem em geral. São obras de Aristófanes: As Rãs, As Nuvens e Os Pássaros; de Menandro restam-nos apenas fragmentos de obras da Comédia Nova, como A Arbitragem.


Prosadores

Obras em prosa – tais como, narrativas históricas, discursos, romances e diálogos – não empregavam a língua literária e sim a língua comum de propósitos utilitários, motivo pelo qual não eram consideradas pertencentes à expressão propriamente artística.

Desde o século VI a.C. surgem historiadores que, por não diferenciarem dos fatos que observavam em suas cidades o natural do maravilhoso, devem, preferencialmente, ser classificados como logógrafos. Dois nomes conservados são os de Cadmos e Acusilaos. O primeiro escreveu “Fundação de Mileto”, “Acusilaos”, “Genealogias”. A primeira tentativa de separar o histórico do lendário foi empreendida por Hecateu de Mileto em seu livro “Genealogias” O mesmo prosador tem também o mérito de ser um dos fundadores da Geografia com seu livro “Volta ao Mundo”. Esta tradição de primeiros historiadores é encerrada com o aparecimento do primeiro historiador no sentido moderno de uma ciência que abrange não apenas o povo, mas, pretende uma visão quase universal e que procura a objetividade da pura pesquisa. Sua grande obra é “Investigações”. Em seus esforços para apresentar países e seus habitantes, Heródoto viaja a vários países e seus relatos inauguram o moderno jornalismo. Sua obra é escrita em dialeto jônio com imensa simplicidade de estilo e clareza.

Novo progresso aos estudos históricos, no sentido em que os concebem o classicismo latino e o humanismo ocidental, surge com Tucidides (460-395). É excelente na crítica de fatos, na interpretação de documentos e na análise do caráter dos povos. Escreveu “Guerra do Peloponeso”. Se Heródoto apresentou aspectos de jornalismo de viagens e descrições de costumes, Tucídides conseguiu artisticamente compor reportagens de guerra. Simplicidade, clareza, vivacidade e precisão de estilo caracterizam a obra do historiador seguinte: Xenofonte (430-355). Em “Memorabilia” apresenta Sócrates em descrições plenas de humanidade e em “Anábase”, o vivo relato da retirada dos dez mil gregos com a autoridade de quem a comandou como general. É necessário citar ainda o historiador Plutarco(50-125) cujos temas não são exclusivamente gregos pois em “Vidas Paralelas” compara sempre um herói grego a um romano. O mérito de Plutarco alcança níveis culturais que o destacam em nossa época tanto em suas narrações de real talento como na compreensão do caráter humano.

Literatos podem ser considerados também os filósofos Platão (429-347), Aristóteles (384-322), Zenão (336-264), Epicuro (324-270), Epiteto (40-121) e o imperador romano de expressão literária grega Marco Aurélio (122-180).

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 27/30. 

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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Literatura Ocidental - Parte 01.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 01

ORIGENS

O conjunto cultural Ocidental resulta do grande amálgama ocorrido aproximadamente no século VII com a inclusão de elementos germânicos e eslavos dentro da civilização greco-latina já cristianizada. Apresenta uma igualdade de concepção de vida, com parentescos linguísticos áricos e um complexo de mitos e de ideias-forças. A ideia central do domínio cultural do ocidente é o aprofundamento pelo cristianismo da noção greco-romana do homem livre e do cidadão. Valores religiosos que a enriqueceram são: a ideia de um único DEUS Universal, o messianismo e a atribuição de um sentido ao desenvolvimento histórico com a inserção do devenir humano ao devenir cosmológico.

A extraordinária expansão do Ocidente supera os demais conjuntos culturais e realiza, com certo sucesso, a transmissão ou imposição de sua cultura e de suas formas de expressão. Os heróis típicos desta civilização em incessante movimento de expansão orientam-se em direção ao devenir humano, no sentido da imposição do humano sobre todas as coisas do mundo e do cosmo. Prometeu, Hércules, Ulisses, Aquiles, Fausto, Hamlet, Rolando, Don Quixote são, essencialmente, homens de ação que desejam esclarecer os mistérios, ainda que sob risco de vida; que querem substituir o destino cego e implacável pela humanização do mundo: que lutam para substituir as forças cegas pelo conhecimento de sua realidade e posterior aplicação benéfica.


A BÍBLIA

Uma das fontes desta cultura é a Bíblia, obra que fundamenta o cristianismo e informa todo o pensamento do Ocidente, direta ou indiretamente. Esta famosa e permanente influência central dentro do complexo cultural do Ocidente marca a elevação de línguas modernas à dignidade literária: fornece temas a sua literatura e engloba todos os valores nascidos no Oriente clássico e integrados pelos pensadores judeus.

A Bíblia cristã compreende duas partes: o Antigo e o Novo Testamento , especificamente cristão. O Antigo Testamento está escrito em hebreu, o Novo em grego.

Até o século X a.C. Apenas tradições orais existem. No século X a.C. São consignadas por escrito as Crônicas Reais e no século seguinte, as Leis e Tradições. No século VIII a.C. surgem os livros de Amós, Oséias, Miquéias e o primeiro Isaías; no século seguinte, o Deuteronômio, Jeremias; no outro século, Juízes, Samuel, Reis, Ezequiel, o segundo Isaías e Zacarias; mais um século – o V a.C. – e aparecem graficamente Leis, Pentateuco e Malaquias e, no século seguinte, inspirado numa tradição de origem árabe, é redigido o Livro de Jó. Crônicas e Eclesiastes datam do século III a.C.; os Salmos e Daniel, no século seguinte; e, finalmente, no século I, aparece o Livro da Sabedoria. As datas têm valor aproximativo, alguns livros foram compostos em partes com diferente localização cronológica.

Divulgados inicialmente a todos lugares de prece na Palestina são recolhidos no século III a.C. por doutos judeus que procedem com os critérios científicos possíveis. Obedecendo a ordens de Ptolomeu Filadelfo, reuniram grande número de manuscritos, estabeleceram um texto definitivo e o traduziram para o grego. Esta versão conhecida como alexandrina ou, pitorescamente, como Versão dos 70 (quando na realidade eram 72 os sábios do empreendimento religioso-cultural...) compreende os textos que hoje conhecemos como os Deuterocanônicos e que os doutos da Palestina recusaram como apócrifos, julgamento que, modernamente, foi referendados pelos Reformadores. A Igreja considera os Deuterocanônicos como textos inspirados.

O Novo Testamento compreende os evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como os Atos dos Apóstolos, as Epístolas e o Apocalipse. Acredita-se que estes textos datem do século primeiro da nossa era.

No século I foi constituída uma tradução latina da Versão Alexandrina e acrescentados textos posteriormente compostos. São jerônimo fez a revisão no século IV, adotando o procedimento comparativo com textos hebreus e caldeus. Com exceção dos Salmos, que são os da primeira Vulgata, o restante da Bíblia admitida pela Igreja provém da Vulgata de São Jerônimo.

A primeira tradução da Bíblia em língua moderna foi a de John Wycliff em inglês (1320-1395). Seguiram-na as versões alemã, por Martinho Lutero e a francesa por Jacques Lefebvre d'Etaples. A mais famosa versão em língua inglesa foi realizada em 1611 pelo rei Jaime.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, volume 7, páginas 23/25.  

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