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quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Literatura Ocidental - Parte 01.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 01

ORIGENS

O conjunto cultural Ocidental resulta do grande amálgama ocorrido aproximadamente no século VII com a inclusão de elementos germânicos e eslavos dentro da civilização greco-latina já cristianizada. Apresenta uma igualdade de concepção de vida, com parentescos linguísticos áricos e um complexo de mitos e de ideias-forças. A ideia central do domínio cultural do ocidente é o aprofundamento pelo cristianismo da noção greco-romana do homem livre e do cidadão. Valores religiosos que a enriqueceram são: a ideia de um único DEUS Universal, o messianismo e a atribuição de um sentido ao desenvolvimento histórico com a inserção do devenir humano ao devenir cosmológico.

A extraordinária expansão do Ocidente supera os demais conjuntos culturais e realiza, com certo sucesso, a transmissão ou imposição de sua cultura e de suas formas de expressão. Os heróis típicos desta civilização em incessante movimento de expansão orientam-se em direção ao devenir humano, no sentido da imposição do humano sobre todas as coisas do mundo e do cosmo. Prometeu, Hércules, Ulisses, Aquiles, Fausto, Hamlet, Rolando, Don Quixote são, essencialmente, homens de ação que desejam esclarecer os mistérios, ainda que sob risco de vida; que querem substituir o destino cego e implacável pela humanização do mundo: que lutam para substituir as forças cegas pelo conhecimento de sua realidade e posterior aplicação benéfica.


A BÍBLIA

Uma das fontes desta cultura é a Bíblia, obra que fundamenta o cristianismo e informa todo o pensamento do Ocidente, direta ou indiretamente. Esta famosa e permanente influência central dentro do complexo cultural do Ocidente marca a elevação de línguas modernas à dignidade literária: fornece temas a sua literatura e engloba todos os valores nascidos no Oriente clássico e integrados pelos pensadores judeus.

A Bíblia cristã compreende duas partes: o Antigo e o Novo Testamento , especificamente cristão. O Antigo Testamento está escrito em hebreu, o Novo em grego.

Até o século X a.C. Apenas tradições orais existem. No século X a.C. São consignadas por escrito as Crônicas Reais e no século seguinte, as Leis e Tradições. No século VIII a.C. surgem os livros de Amós, Oséias, Miquéias e o primeiro Isaías; no século seguinte, o Deuteronômio, Jeremias; no outro século, Juízes, Samuel, Reis, Ezequiel, o segundo Isaías e Zacarias; mais um século – o V a.C. – e aparecem graficamente Leis, Pentateuco e Malaquias e, no século seguinte, inspirado numa tradição de origem árabe, é redigido o Livro de Jó. Crônicas e Eclesiastes datam do século III a.C.; os Salmos e Daniel, no século seguinte; e, finalmente, no século I, aparece o Livro da Sabedoria. As datas têm valor aproximativo, alguns livros foram compostos em partes com diferente localização cronológica.

Divulgados inicialmente a todos lugares de prece na Palestina são recolhidos no século III a.C. por doutos judeus que procedem com os critérios científicos possíveis. Obedecendo a ordens de Ptolomeu Filadelfo, reuniram grande número de manuscritos, estabeleceram um texto definitivo e o traduziram para o grego. Esta versão conhecida como alexandrina ou, pitorescamente, como Versão dos 70 (quando na realidade eram 72 os sábios do empreendimento religioso-cultural...) compreende os textos que hoje conhecemos como os Deuterocanônicos e que os doutos da Palestina recusaram como apócrifos, julgamento que, modernamente, foi referendados pelos Reformadores. A Igreja considera os Deuterocanônicos como textos inspirados.

O Novo Testamento compreende os evangelhos canônicos de Mateus, Marcos, Lucas e João, bem como os Atos dos Apóstolos, as Epístolas e o Apocalipse. Acredita-se que estes textos datem do século primeiro da nossa era.

No século I foi constituída uma tradução latina da Versão Alexandrina e acrescentados textos posteriormente compostos. São jerônimo fez a revisão no século IV, adotando o procedimento comparativo com textos hebreus e caldeus. Com exceção dos Salmos, que são os da primeira Vulgata, o restante da Bíblia admitida pela Igreja provém da Vulgata de São Jerônimo.

A primeira tradução da Bíblia em língua moderna foi a de John Wycliff em inglês (1320-1395). Seguiram-na as versões alemã, por Martinho Lutero e a francesa por Jacques Lefebvre d'Etaples. A mais famosa versão em língua inglesa foi realizada em 1611 pelo rei Jaime.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, volume 7, páginas 23/25.  

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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

A Literatura Japonesa.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

A LITERATURA JAPONESA

O moderno Japão é produto da ação da cultura chinesa e do budismo combinada às tradições locais. Sua literatura é notável pela originalidade.

A época clássica japonesa é iniciada a partir do século VIII. Paralelamente ao enriquecimento temático da poesia e à sua perfeição formal, desenvolve-se novas formas em prosa. Obra prima do romance clássico japonês, “Genji monogatari” (Romance de Genji) é, nesta época, escrito com inigualável inspiração realista pela senhora Murasaki. Valor literário aproximado é encontrado na obra de Akiko “Makura no söshi” (Notas de Travesseiro), variada coleção de ensaios.

Contribuições originais da literatura japonesa ocorrem na poesia com a criação do Hai-Kai, poema caracterizado por extrema densidade condensada em apenas três versos, e na prosa com o grande desenvolvimento do diário pessoal que, por vezes, quase assume a forma de confissão íntima.

A abertura do Japão ao Ocidente, ocorrida em 1853, marca o início da época Meiji caracterizada pelas abundantes traduções de autores ocidentais e, sobretudo, pela transmissão de formas ocidentais em literatura autenticamente nipônica. Escolas desenvolvem-se rapidamente: o romantismo, o naturalismo, o idealismo, o vanguardismo proletário, o Zen-facismo, e, atualmente, a literatura de procura e protesto oscilantes entre a visão revolucionária e o pacifismo.

Dentre os poucos autores que atingiram o Ocidente, devem ser citados: Natsume Soseki, que em “O Pobre Coração dos Homens” descreve o dramático humano que sofre a completa e repentina mutação social de abandono do medievalismo para realização de avanço modernismo, Paulo Nagai, autor de “Os Sinos de Nagasaki” e Hirochi Noma, autor de “Zona Vazia”.

A ocupação norte-americana e a posterior política nipo-americana dão a orientação geral da moderna ocidentalização. Autores há que, inclusive, se expressam em língua inglesa, como Hanama Tasaki famoso com “As Montanhas Permanecem”. Outra linha geral de ocidentalização existente é a decorrente da influência marxista.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, página 18.   
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