quarta-feira, 31 de março de 2021

Grandes vultos: Marechal Rondon -- Parte 05.

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

CÂNDIDO M. DA S. RONDON Parte – 05.

O nome primitivo desta repartição pública foi Serviço de Proteção aos Índios e Trabalhadores Nacionais (com essa designação compassiva, considerando igualmente sub-humanidade o proletariado brasileiro). Na ocasião, (1910) dirigindo-se ao aludido Ministro, dizia Rondon: “A catequização dos indígenas compreendendo a sua incorporação à nossa sociedade pela assimilação de nossa indústria, nossas artes, bem como pela adoção de nossos hábitos – que resultam de nossas crenças religiosas, no sentido positivo desses termos – julgo-a ser um problema diretamente inabordável no presente em que por tantas crenças se repartem as preferências das populações.

Como positivista e membro da Igreja Positivista do Brasil, estou convencido de que os nossos indígenas deverão incorporar-se ao ocidente, sem que se tente forçá-los passar pelo teologismo.” E insiste no Positivismo: “Junto à presente resposta… algumas publicações do Apostolado Positivista do Brasil, através de cujas leituras podereis apreciar os fundamentos de tudo o que acabo de vos expor e que resumem os ensinos do passado, sistematizados por Augusto Comte, os quais há cerca de vinte anos constituem a chave dos meus sucessos junto aos indígenas.” E na última fase da campanha poderia gabar-se: “Transformamos em amigos as nações de gênio belicoso dos nhambiquaras, barbados, quepi-peri-uats, panatês, iporti-uat, urunus e ariquemas como já o havíamos feito em1893, em relação aos bororos do Rio das Garças. Implantamos no coração dos parecis, bacaeris, jurus, urupus e caricumas a inabalável confiança na lisura e desinteresse dos nossos propósitos.

Em meio a uma natureza áspera, lidando com índios ressentidos por terríveis devastações de brancos e animados por espírito de vingança, era capaz de adotar o seguinte lema: “Morrer se necessário for; matar nunca”. Diplomata no Brasil, o Sr. Fuad Carmi, Embaixador da Turquia, sintetizava assim a sua figura:”,,, altura média, testa larga, fisionomia distinta, traços finos, olhos amendoados, queixo delgado. Herói que nasceu soldado e morrerá soldado. Mas herói “sui generis” que, para não matar, nem deixar que se matasse um só homem, preferiu arrostar cem vezes a morte…”

Continua

2 comentários:

Bianca disse...

Parabéns.

Juvenal Nunes disse...

Um princípio deveras salutar: libertar não é fazer imposições fraturantes e minimizadoras.
Assim todos pensassem da mesma maneira.
Abraço solidário.
Juvenal Nunes

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