quarta-feira, 17 de outubro de 2018

Grandes vultos: Júlio de Castilhos - Parte 01.

Júlio de Castilhos

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
JÚLIO DE CASTILHOS – PARTE 01.
(1859 – 1903)
“Adversários não se poupam nem se dá quartel”
Júlio Prates de Castilhos, o 1º presidente eleito do Rio Grande do Sul, embora tivesse ocupado um cargo executivo por pouco tempo, exerceu grande influência ideológica sobre pelo menos duas gerações de políticos.
Nasceu, sendo o mais novo de seis filhos, na propriedade de seus pais, abastados estancieiros, na fazenda da Reserva, na região da Serra, a cerca de 70 quilômetros de Santa Maria da Boca do Monte, no Rio Grande do Sul.
Aprendeu as primeiras letras, juntamente com seus irmãos e com professora particular. Apesar das facilidades e do conforto que lhe proporcionava a boa situação econômica de sua família, teve a sua infância e adolescência atormentadas por dois fatos singulares que talvez tivessem influído no seu caráter: era ligeiramente gago, o que lhe dava uma certa timidez ao falar e no trato com seus amigos. E aos 14 anos foi acometido de varíola. Mas, dotado de inteligência incomum, sempre procurou superar esses males, e nesse esforço moldou o seu caráter firme e austero e, segundo alguns biógrafos, rigoroso e impiedoso, para com os seus inimigos.
Aos 17 anos seguiu para S. Paulo onde se matriculou na Faculdade de Direito do Largo de S. Francisco, onde se formaram tantos nomes eminentes da política e das letras no Brasil. Era uma época de grandes e profundas agitações ideológicas. Dissipando a atmosfera modorrenta da província, começavam a penetrar as ideias avançadas que já proliferavam na Europa, e nas quais predominavam o agnosticismos e Spencer e Littrré, o materialismo e sobretudo o positivismo, de Augusto Conte, que iria ter grande influência na formação das ideias republicanas. Ainda estudante, com outros colegas funda um periódico A Evolução, cujo nome bem marca as tendências ideológicas que começavam a predominar na época. E então começam suas relações com as ideias republicanas e abolicionistas.
De volta a sua terra natal, participa da 1ª convenção regional do partido Republicano. Uma das suas resoluções era a de editar um periódico “A Federação”, da qual foi escolhido em 1º de janeiro de 1884 para ser o principal redator. Esse jornal, que ele dirigiu por vários anos – de 1884 a 1889 – era não apenas republicano mas abolicionista, e exerceu grande influência na época para a difusão das novas ideias republicanas e positivistas.
Proclamada a República, foi nomeado a 9 de fevereiro de 1890, por telegrama do Marechal Deodoro, Presidente do Estado, mas recusa em favor de Júlio Frota. Pouco depois, é eleito para deputado à Constituinte que se reúne na Capital Federal, a fim de elaborar a primeira Constituição republicana.
Continua
LEONCIO BASBUM

Um comentário:

Reflexos Espelhando Espalhando Amig disse...

Rosemildo,
Muita rica sua publicação.
Grata por compartilhar.
Bjins
CatiahoAlc.

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