Júlio de Castilhos |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
JÚLIO
DE CASTILHOS – PARTE 01.
(1859 –
1903)
“Adversários
não se poupam nem se dá quartel”
Júlio
Prates de Castilhos, o 1º presidente eleito do Rio Grande do Sul,
embora tivesse ocupado um cargo executivo por pouco tempo, exerceu
grande influência ideológica sobre pelo menos duas gerações de
políticos.
Nasceu,
sendo o mais novo de seis filhos, na propriedade de seus pais,
abastados estancieiros, na fazenda da Reserva, na região da Serra, a
cerca de 70 quilômetros de Santa Maria da Boca do Monte, no Rio
Grande do Sul.
Aprendeu
as primeiras letras, juntamente com seus irmãos e com professora
particular. Apesar das facilidades e do conforto que lhe
proporcionava a boa situação econômica de sua família, teve a sua
infância e adolescência atormentadas por dois fatos singulares que
talvez tivessem influído no seu caráter: era ligeiramente gago, o
que lhe dava uma certa timidez ao falar e no trato com seus amigos. E
aos 14 anos foi acometido de varíola. Mas, dotado de inteligência
incomum, sempre procurou superar esses males, e nesse esforço moldou
o seu caráter firme e austero e, segundo alguns biógrafos, rigoroso
e impiedoso, para com os seus inimigos.
Aos 17
anos seguiu para S. Paulo onde se matriculou na Faculdade de Direito
do Largo de S. Francisco, onde se formaram tantos nomes eminentes da
política e das letras no Brasil. Era uma época de grandes e
profundas agitações ideológicas. Dissipando a atmosfera modorrenta
da província, começavam a penetrar as ideias avançadas que já
proliferavam na Europa, e nas quais predominavam o agnosticismos e
Spencer e Littrré, o materialismo e sobretudo o positivismo, de
Augusto Conte, que iria ter grande influência na formação das
ideias republicanas. Ainda estudante, com outros colegas funda um
periódico A Evolução, cujo nome bem marca as tendências
ideológicas que começavam a predominar na época. E então começam
suas relações com as ideias republicanas e abolicionistas.
De volta
a sua terra natal, participa da 1ª convenção regional do partido
Republicano. Uma das suas resoluções era a de editar um periódico
“A Federação”, da qual foi escolhido em 1º de janeiro de 1884
para ser o principal redator. Esse jornal, que ele dirigiu por vários
anos – de 1884 a 1889 – era não apenas republicano mas
abolicionista, e exerceu grande influência na época para a difusão
das novas ideias republicanas e positivistas.
Proclamada
a República, foi nomeado a 9 de fevereiro de 1890, por telegrama do
Marechal Deodoro, Presidente do Estado, mas recusa em favor de Júlio
Frota. Pouco depois, é eleito para deputado à Constituinte que se
reúne na Capital Federal, a fim de elaborar a primeira Constituição
republicana.
Continua
LEONCIO
BASBUM
Um comentário:
Rosemildo,
Muita rica sua publicação.
Grata por compartilhar.
Bjins
CatiahoAlc.
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