Revolta da Armada |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
FLORIANO
PEIXOTO – PARTE 05
Floriano
oferece ao almirante o cargo de Ministro da Marinha. Saldanha
destempera. Jamais aceitaria a pasta. Era contra Floriano. Se
estivesse no Rio a 15 de novembro de 1889 o movimento teria abortado.
E tatatá, tatatá. “O Almirante Saldanha da Gama não dá a Vossa
Excelência o direito de querer experimentar o seu caráter”.
Já que
Vossa Excelência não quer ser meu ministro, indique um nome de sua
confiança.
O
Almirante Saldanha da Gama não tem nomes de mais ou menos confiança.
Nomeie Vossa Excelência qualquer outro que não ele. Todos são
dignos.
Diante
desta arrogância, que demonstrava apenas fraqueza, insegurança,
inferioridade, Floriano continua tranquilo.
– Poderei
ao menos contar com a sua boa vontade, com os seus conselhos que
muito auxiliarão, sem dúvida, aquele que eu nomear para a pasta?
– Não,
O Almirante Saldanha da Gama não aconselha nenhum dos seus colegas.
Todos são de maior idade.
A
Instituição não vê que se está portando mal, fazendo figura de
menino malcriado. Floriano volta à carga no dia seguinte:
– O
Almirante Saldanha da Gama só tem uma palavra. Disse o que tinha a
dizer. Não e não.
Floriano
era um homem. Saldanha uma criança. E criança exigente. Queria
isto, e mais isto. Aí Floriano entra de sola. Pois se está contra
mim, fique contra mim. Lute de armas na mão. Saldanha revolta-se e
dá, com o seu manifesto, de 7 de dezembro de 1893, conteúdo
político ao movimento da Armada. Ele é monarquista e deseja “repor
o governo do Brasil onde estava a 15 de novembro quando, num momento
de surpresa e estupefação nacional, foi conquistado por uma sedição
militar”. Convida o povo a ir às urnas para dizer se quer a
continuação da república ou a volta da monarquia.
Continua
GONDIN
DA FONSECA
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