Sílvio Romero |
GRANDES VULTOS
BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
TOBIAS
BARRETO – PARTE 16.
Não foi
longo o tempo que ocupou a cátedra da Academia de Direito. A doença,
implacável, o abateria sete anos depois de sua conquista. Os últimos
anos de sua vida foram de lutas inauditas e de ataques mesquinhos. A
seu amigo Sílvio Romero, escrevia:
“Devo
preveni-lo de uma coisa: se lhe mandarem alguma notícia ou
telegrama, dando-me como morto, não aceite logo. Há por aqui gente
encarregada de espalhar falsas notícias neste sentido, a fim, não
só de incomodar-me como dificultar a arrecadação das subscrições”.
O
ilustre brasileiro estava reduzido à mais dura miséria. Melhor do
que qualquer descrição, fala esta carta, também enviada a Sílvio
Romero:
“Acabo
de receber sua carta e vejo o que me diz a respeito do 7 de junho. É
engano seu: eu não me restabeleço mais; a moléstia tem sido
rebelde; único remédio é morrer.
Como
estou reduzido a proporções de pensionista da caridade pública, e
me fala nisto em sua carta, peço-lhe que dê pressa às entradas
das contribuições de sua lista, visto como os meus últimos
recursos estão se esgotando.
Faço
votos pelo seu restabelecimento e adeus; quem assina por mim é o meu
Pedro.
Do velho
amigo
Tobias.”
Esta
carta é de 19 de junho de 1889. Sete dias após, Tobias morria.
Quando
Clóvis em Juristas Filósofos, acentua que suas dificuldades
atenuaram no declínio de sua existência, evidentemente não podia
se referir ao fim de sua existência, que foi penosa.
No
período da Escada, Haeckel disse que Tobias lhe parecia pertencer à
raça dos grandes pensadores. Isto, já naquela época. Depois do
concurso de 1882, poderia afirmar: pertence à raça dos grandes
pensadores.
Continua…
BRASIL
BANDECCHI
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Um comentário:
Não conhecia esta figura.
Um abraço e boa semana.
Andarilhar
Dedais de Francisco e Idalisa
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