GRANDES VULTOS
BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
TOBIAS
BARRETO – PARTE 15.
Faz,
depois, um estudo da natureza e fala da organização social e, nesse
ponto, discorda de Rousseau, pois que, afirma, é falso que a
sociedade se tenha organizado por via de um contrato, mas aceita que
ela tenha chegado a funcionar “como se fosse uma convenção, um
livre acordo de vontades”.
“Não
nos esqueçamos, porem, de uma diferença notável: é que a
sociedade não se dirige tão preponderantemente, como a natureza,
pelo princípio da causa efficiens, mas ao contrário pela causa
finalis, da qual ela é em grande escala uma manifestação e um
produto”.
Isso
exposto, assim como venho fazendo, é mais uma apresentação rápida
das ideias de Tobias Barreto, levando-se, ainda, em consideração
que elas não foram por ele manifestadas, pela primeira vez, no
concurso famoso, e sim e principalmente, no ano anterior em artigos
publicados no jornal A Tribuna.
Torna-se
difícil traduzir, neste esboço, por mais que se queira, o que foi a
situação multiforme de Tobias Barreto. O que ele escreveu foi
maciço e sempre que se destaca um ou outro tópico ou trecho têm-se
receio de não escolher o mais significativo. Quanto mais se vai
penetrando a obra de Tobias, mais se percebe que ele era um cérebro
em ebulição, sugerindo ideias, alargando horizontes.
Costumo
dizer que as personagens da História são vistas ao contrário do
fenômeno de perspectiva: quanto mais distantes elas se apresentam
maiores. Crescem com a distância. Aí entra a imaginação do
historiador, ou do romancista-historiador. Tobias pode ser visto ao
natural, tal como foi, com suas virtudes e seus defeitos, que ele
será sempre grande. Os retoques do retratista o prejudicam, porque
representando um momento histórico, alterar-lhe a fisionomia é
alterar a fisionomia do momento que ele representa.
Aproximemo-nos
dele, sem receio de destruir um ídolo.
Seu
opúsculo Menores e Loucos enfeixa páginas memoráveis que, no dizer
de Clóvis, “são suficientes para derramarem um jorro de luz sobre
a literatura”.
Continua…
BRASIL
BANDECCHI
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