HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 91
LITERATURA ESPANHOLA – VIII
A segunda metade do século XIX é também
caracterizada, além do pós-romantismo de Béquer e outros, por uma
orientação aproximada ao realismo, na qual devem ser apreciados:
Fernán Caballero (1796-1877), Benito Pérez Galdós (1845-1920),
Armando Palacio Valdés (1853-1938) e Marcelino Menéndez y Pelayo
(1856-1912).
Fernán Caballero, pseudônimo de Cecilia Boehl de
Fáber, inicia a novela realista e regionalista na Espanha com a
publicação de “La Gaivota” em 1849. Há em Fernán Caballero os
tons melodramáticos do romantismo e a cuidadosa observação da vida
espanhola que justifica sua inclusão final no realismo literário. O
maior romancista do século passado nas letras espanholas é Benito
Péres Galdós, autor de “La fontana de oro”, “Gloria”,
“Marianela”, “El amigo manso”, “Fortunata y Jacinta” e
“Misericordia”. Galdós compôs dois ciclos de “episodios
nacionales”, um centralizado no personagem imaginário Gabriel
Araceli e outro no também imaginário Salvador Monsalud. Ainda na
obra de Galdós é necessário citar sua produção teatral com as
peças principais: “Realidad” e “Alma y vida”.
Palacio Valdés é o autor de “La hermana san
Sulpicio” e também de alguns contos e artigos de crítica
literária. Há em Valdés a influência de Dickens e Flaubert, mas,
sua grande realização é a técnica de dialogação e a sutileza do
humor. Menéndez y Pelayo é o grande crítico literário que inclui,
além dos critérios propriamente literários, concepções estéticas
e relacionamentos ao necessário desenvolvimento do povo. Em sua obra
renovadora da crítica em seu país, destacam-se: “Historia de los
heterodoxos españoles”, “Historia de las ideas estéticas em
España”, “Orígenes de la novela”, “Estudios de crítica
histórica y literaria”, “Poesia hispanoamericana”, “Antologia
de poetas liricos españoles”.
A atualidade literária espanhola apresenta,
inicialmente, José Martinez Ruíz Azorín (1874) e José Ortega y
Gasset (1883-1956, ambos dedicados aos ensaios de interpretação da
cultura hispânica. Azorín é o ensaísta de “Los pueblos” e de
“Castilla”, o crítico litarário de “Clásicos y modernos”,
“Al margem de los clásicos”, “Rivas y Larra” e “Los
valores literarios”, e, ainda, o romancista de prosa poética em
“Don Juan”, “Doña Inés” e “La voluntad”.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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2 comentários:
Como sempre mais um brilhante post. Daqui saimos sempre mais ricos pois a cultura está contínuamente presente.
Beijinhos
Maria
Excelente texto,Furtado! Achei super interessante uma mulher usar nome de homem como pseudonimo. As mulheres não deviam ter nenhuma credibilidade naquele tempo....rss...bjs,
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