HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 73-
LITERATURA RUSSA – I
As condições sócio-históricas existentes na Rússia até o final do século XVII apresentam-se tipicamente como medievais, mas, já existem atividades culturais de certa intensidade. A vida cultural apresenta numerosos documentos literários de caráter religioso e sugestiva tradição poética e lendas populares na literatura principalmente oral e encontra seus centros de irradiação nas cidades de Kiev, Novgorod e, posteriormente, Moscou.
A riqueza literária observada nos níveis
erudito-clerical e literário-popular mantém-se em isolamento devido
à infinidade de dialetos e, portanto, de uma língua comum de
extensão nacional, e resultante ou reforçada pelas especiais
condições do poder econômico político que impede o
estabelecimento de relações significativas entre a elite cultural e
o povo submetido.
A idade moderna é introduzida na Rússia com a ascensão
de Pedro, o Grande, ao trono de todas as Rússias em 1682. A grande
significação do período de Pedro é a inclusão de seu país no
continente europeu pelas transformações sócio-econômicas que
empreende e pelas possibilidades culturais que proporciona. Esta
excepcional experiência de ação histórico-cultural acelera a
ruptura com o passado e intensifica a lenta abertura à realidade
europeia, embora as elites russas adotem a expressão francesa e
alemã não apenas por esnobismo mas pelo prolongamento de sua
marginalização à sensibilidade popular e, pelas dificuldades que
encontram para a formação de uma língua literária de amplitude
nacional, seja na expressão prosaica, seja na expressão poética.
O primeiro autor na literatura russa a merecer destaque,
sob a ótica cultural do ocidente, é Michael Vassilievitch Lomossov
(1711-1765). Para empreender a tarefa de criar os aspectos gerais de
uma língua literária comum à nação, Lomossov escreve uma
gramática que consiste numa quase-criação artificial ao combinar o
velho slavon da literatura clerical à riqueza dialetal e aos
empréstimos modernistas retirados das línguas europeias. Lomossov
escreve também um tratado a respeito da expressão literária
clerical intitulada “Da utilidade dos livros da igreja para a
língua russa”. Lomossov aponta também em suas composições em
prosa e verso a imensa riqueza folclórica à espera de expressão
literária.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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Um comentário:
Bom dia amigo Rosemildo. Acabei de deixar um comentário numa foto sua do perfil do google+.
Fiz a poesia do fusca, pois amo carros antigos, o fusca em especial. Nasci em 1981, mais tudo que remete a década de 70, me fascina: musicas, carros e a moda da época.
Na correria do dia a dia, quase não temos tempo de aparecer nas páginas do companheiros da blogosfera. Portanto hoje estou aqui, para te agradecer e parabenizar pelas postagens acerca da literatura mundial.
Abraço do carioca gago e amigo,
Dan.
http://gagopoetico.blogspot.com.br/
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