HISTÓRIA
DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA
OCIDENTAL – PARTE 44
LITERATURA ALEMÃ
O mundo germânico
na Idade Média é um conglomerado de poderes políticos fracionados,
de grande diversidade linguística, de tradições culturais
simplesmente justapostas. A poesia popular é de uma expressão oral
simultaneamente ingênua e intuitiva, oferecendo aos séculos que
seguirão sugestiva matéria-prima à espera de criação artística.
Duas tradições são afirmadas em ambientes restritos: uma
latino-palaciana e uma tradição épico-religiosa. Confirmando o
fenômeno geral de outras culturas, também a linguagem poética tem,
no mundo medieval germânico, procedência sobre a linguagem
prosaica. São excepcionais os níveis de serenidade e maturidade
alcançados por esta poesia alemã antiga.
Em inícios do
século VII surge o resultado final de uma tradição oral germânica
que é, então, concentrada nos versos da “Canção de
Hildebrando”, com grande originalidade em seu estilo de aliteração.
Cinco séculos mais tarde, exatamente em 1210, Wolfram von Eschenbach
adapta o épico de Chretien de Troyes à língua e cultura de seu
país e consegue a perfeita construção de “Parsifal”, autêntica
obra de arte alemã insuperável por qualquer outra medieval da
Germânia. Esta novela versificada é portadora de fundo filosófico
inscrito na apresentação da vida cavalheiresca em busca das glórias
palacianas e da graça divina. É notável a acuidade e malícia de
observação reveladas por Wolfram von Eschenbach. Na mesma época
surge outra grande épica – “Cantar dos Nibelungen” – notável
como épica-heroica e na escultura de seus personagens. Trata-se de
uma compilação de antigas lendas e sagas, bem como da poesia
cavalheiresca.
A evolução da
poesia alemã prossegue, principalmente estimulada pela criação das
universidades e introdução da influência italiana no século XIV.
O humanismo é praticado como expressão literária, porém, não
abrange as camadas populares das grandes cidades que surgem por
aumento do poderio econômico burguês. Por vezes, a evolução
literária alemã alcança elaborações cuidadosas e conscientes de
arte linguística barroca, embora, por outras, substitua a perfeição
formal pelo mero artifício verbal.
Fonte: “Os
Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume
7, páginas 92/93.
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3 comentários:
Olá Rosemildo!!
Hoje estou passando descaradamente para fazer uma divulgação do meu livro "Patos" que disponibilizei gratuitamente e democraticamente para download e leitura on-line aqui no meu blog. Agradeço muito a quem puder ajudar com a divulgação!
Desculpe a invasão e obrigado pela oportunidade!
Abraços,
Rafael
Vir aqui é sempre aprender sobre
literatura.Você presta um óptimo
serviço.
Bj.
Irene Alves
Furtado,um belo trabalho de pesquisa nesse seu blog.Gostei de saber sobre a literatura germanica.bjs e boa semana,
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