quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Literatura Ocidental - Parte 73.


 
HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 73-
LITERATURA RUSSA – I

As condições sócio-históricas existentes na Rússia até o final do século XVII apresentam-se tipicamente como medievais, mas, já existem atividades culturais de certa intensidade. A vida cultural apresenta numerosos documentos literários de caráter religioso e sugestiva tradição poética e lendas populares na literatura principalmente oral e encontra seus centros de irradiação nas cidades de Kiev, Novgorod e, posteriormente, Moscou. 
 
A riqueza literária observada nos níveis erudito-clerical e literário-popular mantém-se em isolamento devido à infinidade de dialetos e, portanto, de uma língua comum de extensão nacional, e resultante ou reforçada pelas especiais condições do poder econômico político que impede o estabelecimento de relações significativas entre a elite cultural e o povo submetido.
 
 
A idade moderna é introduzida na Rússia com a ascensão de Pedro, o Grande, ao trono de todas as Rússias em 1682. A grande significação do período de Pedro é a inclusão de seu país no continente europeu pelas transformações sócio-econômicas que empreende e pelas possibilidades culturais que proporciona. Esta excepcional experiência de ação histórico-cultural acelera a ruptura com o passado e intensifica a lenta abertura à realidade europeia, embora as elites russas adotem a expressão francesa e alemã não apenas por esnobismo mas pelo prolongamento de sua marginalização à sensibilidade popular e, pelas dificuldades que encontram para a formação de uma língua literária de amplitude nacional, seja na expressão prosaica, seja na expressão poética. 
 
O primeiro autor na literatura russa a merecer destaque, sob a ótica cultural do ocidente, é Michael Vassilievitch Lomossov (1711-1765). Para empreender a tarefa de criar os aspectos gerais de uma língua literária comum à nação, Lomossov escreve uma gramática que consiste numa quase-criação artificial ao combinar o velho slavon da literatura clerical à riqueza dialetal e aos empréstimos modernistas retirados das línguas europeias. Lomossov escreve também um tratado a respeito da expressão literária clerical intitulada “Da utilidade dos livros da igreja para a língua russa”. Lomossov aponta também em suas composições em prosa e verso a imensa riqueza folclórica à espera de expressão literária.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7. 

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Um comentário:

Dan André disse...

Bom dia amigo Rosemildo. Acabei de deixar um comentário numa foto sua do perfil do google+.

Fiz a poesia do fusca, pois amo carros antigos, o fusca em especial. Nasci em 1981, mais tudo que remete a década de 70, me fascina: musicas, carros e a moda da época.

Na correria do dia a dia, quase não temos tempo de aparecer nas páginas do companheiros da blogosfera. Portanto hoje estou aqui, para te agradecer e parabenizar pelas postagens acerca da literatura mundial.

Abraço do carioca gago e amigo,
Dan.
http://gagopoetico.blogspot.com.br/

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