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quarta-feira, 19 de novembro de 2014

Literatura portuguesa - Parte 03.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA PORTUGUESA – PARTE 3 
 
A história do país

 
Ao que tudo indica, os primeiros habitantes da Península Ibérica – já nos tempos históricos, mas num passado muito remoto – foram os iberos e os celtas, povos originários da Ásia que falavam uma língua indo-europeia “irmã” do latim: o céltico. Ao longo de muitos séculos de convivência pacífica entremeada de lutas violentas, esses dois povos acabaram se amalgamando num povo híbrido – os celtiberos – que se espalhou por toda a península dividido em cinco tribos principais: cantabros, asturos, vascônios, calaicos e lusitanos. Estes últimos ocuparam a região noroeste da Península Ibérica, território este que corresponderia mais ou menos às modernas províncias portuguesas do Tejo e à Galícia espanhola. Não se iluda, contudo, o leitor, com o nome lusitanos, nem com a denominação Lusitânia, dada posteriormente, pelos romanos, a uma das províncias em que dividiram a península depois da sua conquista. Não existe qualquer relação direta entre os antigos lusitanos e os atuais portugueses, ou entre a antiga Lusitânia e o Portugal dos nossos dias, que é uma nação eminentemente moderna.

Depois, também em data não determinada, veio a invasão fenícia. Primeiramente no litoral, especialmente no mediterrâneo, mas logo mais por quase toda a península, que submeteram completamente. Mais do que submeteram, assimilaram. Aliás, o próprio nome Espanha deriva da palavra fenícia span, que significaria “terra desconhecida, oculta” e “terra onde abunda os coelhos”. Quase que concomitantemente com os fenícios, chegaram os gregos, mas não se tratou, neste caso, de uma conquista propriamente dita, porque os gregos praticamente se limitaram a estabelecer entrepostos comerciais nas costas atlântica e mediterrânea. 
 

Os invasores seguintes foram os cartagineses, um povo de origem fenícia que habitava o norte da Áftica. Não se sabe até que ponto as invasões anteriores a esta foram ou não violentas, mas em relação à cartaginesa sabe-se muito bem que algumas tribos da parte ocidental da península resistiram bravamente. Todavia, essa resistência foi inútil diante do poderio econômico e militar de Cartago e da capacidade dos seus chefes: Amílcar, Asdrúbal e Aníbal. Assim, por volta do século III antes da nossa era, o domínio cartaginês na Península Ibérica era inconteste, exceto nas montanhas da parte norte-oriental da península, onde se localizavam algumas tribos celtiberas que nunca se submeteram a qualquer invasor, e nas costas do Mediterrâneo, onde Roma, a grande rival de Cartago, já havia estabelecido algumas colônias.

 
Obs: Com relação as informações históricas e geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição do livro/fonte.

 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7. 
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quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Literatura portuguesa - Parte- 02.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA PORTUGUESA – PARTE 2

Portugal tem atualmente (1968) cerca de 9 milhões de habitantes, na sua maioria na região norte. Sua capital é a cidade de Lisboa, no estuário do Tejo, a maior cidade é o maior porto do país: cerca de 1 milhão de habitantes atualmente. Em seguida, temos a cidade do Porto (cerca de 300 mil habitantes), às margens do Douro, quase no extremo norte do país. Depois, Coimbra, às margens do Mondego, à meia distância entre Lisboa e o Porto, e, finalmente, Setúbal, perto de Lisboa, no estuário do Sado, ambas com cerca de 50 mil habitantes. Com exceção de Coimbra, todas as cidades citadas ficam à beira-mar, ou quase. Esses dados todos dão uma boa ideia a respeito da economia do país: principalmente agrícola e comercial.


Do que dissemos a respeito da geografia de Portugal, convém chamar a atenção do leitor para três fatos que tiveram muita importância na formação da nacionalidade e da cultura portuguesas: 1) Portugal fica num dos extremos da Europa; 2) a parte norte do país é bastante montanhosa; 3) os seus rios importantes, que, na sua maioria, nascem em território Espanhol, são pouco navegáveis. Da sua qualidade de finisterra resultou que, antes do desenvolvimento da navegação e da descoberta de novos mundos, Portugal não era uma região de passagem para nada, mas uma região de poucos contatos culturais com o resto do mundo, o que facilitou, ali, a constituição de uma civilização mais ou menos autóctone. Por outro lado, essa mesma qualidade de “fim de mundo” foi-lhe de muita valia depois do início do ciclo da navegações. Os outros dois fatos mencionados – o relevo acentuado da região norte e a pouca navegabilidade dos seus rios – também contribuíram decisivamente para a formação da nacionalidade, facilitando a defesa da região contra os ataques de eventuais invasores e dificultando o estabelecimento de contatos culturais com o resto da Península Ibérica.
 
Obs: Com relação as informações históricas e geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição do livro/fonte.
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7 

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