HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA PORTUGUESA – PARTE 2
Portugal tem atualmente (1968) cerca de 9 milhões de habitantes, na sua maioria na região norte. Sua capital é a cidade de Lisboa, no estuário do Tejo, a maior cidade é o maior porto do país: cerca de 1 milhão de habitantes atualmente. Em seguida, temos a cidade do Porto (cerca de 300 mil habitantes), às margens do Douro, quase no extremo norte do país. Depois, Coimbra, às margens do Mondego, à meia distância entre Lisboa e o Porto, e, finalmente, Setúbal, perto de Lisboa, no estuário do Sado, ambas com cerca de 50 mil habitantes. Com exceção de Coimbra, todas as cidades citadas ficam à beira-mar, ou quase. Esses dados todos dão uma boa ideia a respeito da economia do país: principalmente agrícola e comercial.
Do que dissemos a
respeito da geografia de Portugal, convém chamar a atenção do
leitor para três fatos que tiveram muita importância na formação
da nacionalidade e da cultura portuguesas: 1) Portugal fica num dos
extremos da Europa; 2) a parte norte do país é bastante montanhosa;
3) os seus rios importantes, que, na sua maioria, nascem em
território Espanhol, são pouco navegáveis. Da sua qualidade de
finisterra resultou
que, antes do desenvolvimento da navegação e da descoberta de novos
mundos, Portugal não era uma região de passagem para nada, mas uma
região de poucos contatos culturais com o resto do mundo, o que
facilitou, ali, a constituição de uma civilização mais ou menos
autóctone. Por outro lado, essa mesma qualidade de “fim de mundo”
foi-lhe de muita valia depois do início do ciclo da navegações. Os
outros dois fatos mencionados – o relevo acentuado da região norte
e a pouca navegabilidade dos seus rios – também contribuíram
decisivamente para a formação da nacionalidade, facilitando a
defesa da região contra os ataques de eventuais invasores e
dificultando o estabelecimento de contatos culturais com o resto da
Península Ibérica.
Obs: Com relação as informações históricas e
geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição
do livro/fonte.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7
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