HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA PORTUGUESA – PARTE 3
A história do país
Ao que tudo indica, os
primeiros habitantes da Península Ibérica – já nos tempos
históricos, mas num passado muito remoto – foram os iberos e os
celtas, povos originários da Ásia que falavam uma língua
indo-europeia “irmã” do latim: o céltico. Ao longo de muitos
séculos de convivência pacífica entremeada de lutas violentas,
esses dois povos acabaram se amalgamando num povo híbrido – os
celtiberos – que se espalhou por toda a península dividido em
cinco tribos principais: cantabros, asturos, vascônios, calaicos e
lusitanos. Estes últimos ocuparam a região noroeste da Península
Ibérica, território este que corresponderia mais ou menos às
modernas províncias portuguesas do Tejo e à Galícia espanhola. Não
se iluda, contudo, o leitor, com o nome lusitanos,
nem com a denominação Lusitânia, dada posteriormente, pelos romanos, a uma das províncias em que
dividiram a península depois da sua conquista. Não existe qualquer
relação direta entre os antigos lusitanos e os atuais portugueses,
ou entre a antiga Lusitânia e o Portugal dos nossos dias, que é uma
nação eminentemente moderna.
Depois, também em data
não determinada, veio a invasão fenícia. Primeiramente no litoral,
especialmente no mediterrâneo, mas logo mais por quase toda a
península, que submeteram completamente. Mais do que submeteram,
assimilaram. Aliás, o próprio nome Espanha
deriva da palavra fenícia span,
que significaria “terra desconhecida, oculta” e “terra onde
abunda os coelhos”. Quase que concomitantemente com os fenícios,
chegaram os gregos, mas não se tratou, neste caso, de uma conquista
propriamente dita, porque os gregos praticamente se limitaram a
estabelecer entrepostos comerciais nas costas atlântica e
mediterrânea.
Os invasores seguintes foram os cartagineses, um povo de
origem fenícia que habitava o norte da Áftica. Não se sabe até
que ponto as invasões anteriores a esta foram ou não violentas, mas
em relação à cartaginesa sabe-se muito bem que algumas tribos da
parte ocidental da península resistiram bravamente. Todavia, essa
resistência foi inútil diante do poderio econômico e militar de
Cartago e da capacidade dos seus chefes: Amílcar, Asdrúbal e
Aníbal. Assim, por volta do século III antes da nossa era, o
domínio cartaginês na Península Ibérica era inconteste, exceto
nas montanhas da parte norte-oriental da península, onde se
localizavam algumas tribos celtiberas que nunca se submeteram a
qualquer invasor, e nas costas do Mediterrâneo, onde Roma, a grande
rival de Cartago, já havia estabelecido algumas colônias.
Obs: Com relação as informações históricas e
geográficas contidas neste post, favor considerar a época da edição
do livro/fonte.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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3 comentários:
Muito bom recordar tantas coisas.
Abraço e bom dia,
Renata
Estamos aprendendo nossa história, de maneira muito linda, gosto e agradeço por compartilhar conhecimento, abraços carinhosos
Maria Teresa
E' da tanto che non passavo da te , ed e sempre bello leggere i tuoi post . Se di una bravura da invidiare e da apprezzare molto . Tornerò di nuovo . Ti auguro una felice settimana. 1 saluto dall'Italia . Lina
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