quarta-feira, 1 de junho de 2022

Grandes vultos: Santos Dumont - Parte 18.

 

Capitão Feber

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES

SANTOS DUMONT – Parte 18.

E a Smithsonian Instituition, de Washington? Esse museu de ciências, dos maiores do mundo, jamais admitiu os Wright como pioneiros da aviação antes de outubro de 1942. Repugnando-lhe confessar a prioridade de Santos – pois é incoercível o desprezo que todo o ianque nutre (de modo claro ou subreptício) pelos “decadentes” povos latinos, atribuiu a Langley a paternidade do voo a motor, embora o seu “Aerodrome” virasse submarino todas as vezes que ele se arriscava a experimentá-lo perto do Rio Potomac. Nunca voou. A teoria da Smithsonian Instituition era de que, se lhe pusessem rodas e um motor mais leve, se ergueria no ar. Claro! Mas com rodas e um motor mais leve já o aparelho não seria o de Langley… escreve a revista Times de 02-11-42:

Orville Wright got só mad about i that in 1928 he sent the original Kitty Hawk machine to a London Museum. Kindly Dr. Abbot, naturally perturbed at the loss of a possible exhibit, began to turn the matter over in his mind. After 14 years of gentle revolving, he made his decision jast week: the Wright brothers were indeed the first to make a sustained flight in a hea vier-than-air-machine”.

Se em 1942, só após a segunda edição do meu livro e sua repercussão dentro e fora do Brasil é que a Smithsonian Instituition , de Washington, vendo aluídas as pretensões ianques a primazia do voo mecânico, aderiu aos Wright. Pasmem!

Mal Santos Dumont realiza o primeiro voo a motor no mundo, em outubro de 1906, Wilbur Wright escreve dos Estados Unidos ao Capitão Ferber, pedindo-lhe que o elucide sobre a forma e a estrutura do “14-bis”. Ele tem rodas, estranha o pândego! Que excentricidade! Rodas! “Para partir, Santos Dumont há de rodar sobre um campo extenso e bem uniforme. Graças a um pilone de lançamento, Orville e eu iniciamos o voo com velocidade, de modo muito mais prático.” Não voavam. Planavam. Mesmo em 1908, quando em Paris o aeroplano a motor já não constituía segredo para ninguém, a geringonça dos Wright só descia pelos seus próprios meios. Subir? Não! Não subia por si.

Continua

GONDIN DA FONSECA

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