GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
SANTOS DUMONT – Parte 03
Havia então, dois prêmios a disputar: um de 1.500 francos, oferecido por Ernest Archdeacon, para um voo de 25 metros. No dia 23 de outubro de 1906, Santos Dumont voou no campo de Bagatelle ganhando a Taça Archdeacon e a 12 de novembro desse mesmo ano obteve, lisamente, no mesmo local, o prêmio do Aero-Clube de França, voando 220 metros. Desse último voo existe um filme de que o Aero-Clube do Brasil possui cópia.
A seguir Santos Dumont construiu outros aeroplanos, o mais notável dos quais o “Demoiselle”, o primeiro avião de turismo do mundo.
O dinheiro foi-se-lhe minguando, Depois veio a grande guerra de 1914-18. Viajou muito e, afinal, já velho, fixou-se em Petrópolis. Uma vez lembrou-se de escrever ao Presidente da República que era Venceslau Brás, reprovando a construção do Campo dos Afonsos, no Rio de Janeiro. Venceslau respondeu-lhe numa linha mais ou menos assim: “Recebi a sua carta, quando tiver necessidade de seus conselhos, avisarei”.
Nervoso, doente, abatido, vencido, Santos Dumont suicidou-se a 23 de julho de 1932, em Santos, no Hotel de la Plage, onde se encontrava com seu sobrinho Jorge Vilares.
Sumariando, esquematizando, a vida do nosso grande patrício é esta: Sua glória máxima – a de pioneiro da aviação – tem sido contestada. Dizem que, nos Estados Unidos, os irmãos Wright voaram antes dele. Isto é mentira. Demonstrei-o em meu livro “Santos Dumont” e vou expor, a seguir, as minhas razões. Julgue o leitor.
Santos Dumont deixou duas obras – Os meus balões e O Que EU Vi – O Que Nós Veremos, ambas interessantes, mas não essenciais para o conhecimento da sua trajetória na vida. A última traz, até, muitos erros contra ele.
Continua
GONDIN DA FONSECA
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