quarta-feira, 22 de maio de 2019

Grandes vultos: Clóvis Beviláqua - Parte 08.


GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
CLÓVIS BEVILÁQUA – PARTE - 08
“Talvez pareça longa esta resposta. Mas não a podia dar mais concisa. A formação de um espírito se faz lentamente, por assimilações e adaptações sucessivas” (apud. Lauro Romero, op. cit., pág. 51).
Como percebeis, venho procurando mostrar o roteiro da formação espiritual de Clóvis. Veremos agora os frutos de seus estudos. Assinalo que algumas obras por ele escritas antes dos quarenta anos de idade são até hoje livros obrigatórios aos estudantes e aos mais atilados juristas,
Observai que a produção é contínua. A pena não descansa sobre o tinteiro…
Em 1886 publica: “Estudo de Direito e Economia Política”, onde se descobre o pensamento social de Clóvis. Desse mesmo ano é a mencionada a tradução de “Jesus e os Evangelhos”.
Em 1888, escreve a biografia do Desembargador Manuel de Freitas.
No ano seguinte, sai do prelo: “Épocas e Individualidades”, obra em que revela vasto conhecimento de literatura, nacional e estrangeira.
Em 1891, autorizado por Ihering, traduz a “Hospitalidade no Passado” estudo recentemente republicado com outras traduções de Aderbal de Carvalho (Questões e Estudos de Direito, Liv. Progresso Edit., Bahia, 1955). Peço vênia para reproduzir um pequeno trecho do prefácio dessa obra, escrito por Clóvis no qual se patenteia a influência de Ihering sobre o seu pensamento: – “Este ressurgimento da ciência do direito, que também invadiu o nosso país, vai retirando dos glosadores essa tonalidade soturna do cantochão, esse perfume nauseante de mofo, que afastavam dela a curiosidade ávida dos moços. Principalmente H. Post e R. Ihering são os grandes artistas que operam o prodigioso avatar, transfundindo no velho direito a alma da ciência nova. E assim foi feita a conquista do futuro”.
A primeira edição das “Lições de Legislação Comparada” é de 1893. Em 1894, mais um livro literário: – “Frases e Fantasias”, repassado de ternura e meiguice, porque publicado em homenagem à sua queridíssima esposa.
Continua
MANUEL AUGUSTO VIEIRA NETO

Um comentário:

Pedro Lopes disse...

É curioso como um ingrediente tem muito, muito sabor com no rosto de meu pai desempregado agora em portugal. Sim, muitos, muitos desempregados agora, muitas sopas dos pobres tambem. Muita trsiteza em nosso povo tugalandia agora. Que pensam nossas pessoas agora?

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