GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
FLORIANO
PEIXOTO – PARTE 01.
Floriano
Peixoto nasceu em 1849 no engenho “Riacho Grande”, na vila de
Ipioca (Santo Antônio de Beirim de Ipioca), em Alagoas. Foram seus
pais Manoel Vieira de Araújo Peixoto, fazendeiro, e Ana Joaquina de
Albuquerque Peixoto. Tiveram, por ordem, os seguintes filhos: Maria
do Carmo, Catarina, Alexandre, Francisco, Floriano, José, Ildefonso,
João, Cecília e Luís. Floriano foi criado pelo irmão mais velho
de seu pai, Coronel José Vieira de Araújo Peixoto, casado e sem
filhos. Levou-o com poucos dias de nascido (por estar a mãe doente,
impossibilitada de o amamentar) e manteve-o consigo,
afeiçoando-se-lhe como pai.
Terminado
o curso primário em Maceió, estudou Floriano várias matérias do
curso secundário e, aos 16 anos, fê-lo seu tio embarcar para o Rio
de Janeiro, onde o matriculou no Episcopal Colégio São Pedro de
Alcântara. Daí saiu em 1857, para sentar praça e jurar bandeira no
Primeiro Batalhão de Artilharia a pé. A 12 de fevereiro de 1858,
uma ordem do dia do Quartel General autoriza o aluno Floriano Vieira
Peixoto a usar as estrelas de primeiro cadete. Ei-lo matriculado, em
1861, na Escola Militar. Era de compleição atlética. Destemido.
Ágil. E calmo. Topava brigas, se provocado. Uma o levou nesse mesmo
ano à fortaleza da Lage, onde cumpriu seis dias de prisão. Foi o
caso que um veterano o desfeiteou com palavras dentro da Escola. Uma
vez. Duas vezes. Três vezes. Quatro vezes. Encontrando-o na rua,
Floriano correu para ele e postou-se-lhe em frente.
– Que
é que há, calouro? Retire-se ou dou-lhe uma surra.
– Não
prometa: dê.
O rapaz
ergueu a mão e, sem saber como, viu-se logo estatelado em terra.
– Erga-se
para continuar a apanhar – ordenou Floriano.
Esmigalhou-o.
Dai por
diante deixaram-no quieto na Escola. A 9 de agosto de 1861 passa ao
posto de cabo, a 29 de outubro ao de 2º sargento, e a 2 de
dezembro, aniversário do Imperador, promovem-no a 2º tenente do 3º
Batalhão de Artilharia da Corte.
Continua
GONDIN
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