GRANDES VULTOS
BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
TOBIAS
BARRETO – PARTE 02.
Em março
de 1863, encontrava-se no Recife, para ingressar na Academia de
Direito, mas, acometido de varíola, não pode fazê-lo,
matriculando-se, nessa escola, no ano seguinte, após os exames
regulamentares. Em 1866 repetiu o 3º ano, por ter dado mais de 40
faltas. Formou-se em 1869. Quando estudante colaborou nos jornais: O
Acadêmico (1865), A Luta (1867), A Regeneração
(1868) e O Vesúvio (1869.
Recebe o
diploma de bacharel com trinta anos de idade.
Clóvis
Beviláqua escreve que “Tobias Barreto de Menezes era genuíno
filho do povo, oriundo de uma família pobre, mas operosa desde o
berço e que apenas atenuaram no declínio de sua existência,
enrijeceram-lhe as fibras de lutador e derramaram-lhe n’alma essa
tinta de pessimismo que lhe fazia enxergar sempre turvos os
horizontes intelectuais da pátria, e o trazia deslumbrado pelas
refulgências de outros sóis que não dos do firmamento latino”.
Refere-se
Clóvis aos sóis que brilhavam no firmamento germânico. Mas o
grande primeiro sol que deslumbrou Tobias não brilhava na Alemanha.
Brilhava na França e chamava-se Victor Hugo, o poeta retumbante da
Legenda dos séculos.
Exaltara-
o nestes versos:
“Mostras
na fronte os estragos
dos
raios que a sorte tem;
na
falange dos teus Magos
tu és
um mago também.
Joelhas,
grebo da ideia,
ante a
luz que bruxuleia
dos
futuros através!
Por
grande, os teus te renegam;
cem
anátemas fumegam
sufocados
a teus pés…
O estilo
d’oiro que empunhas,
foi o
senhor que t’o deu.
Leva a
água a preza nas unhas,
ninguém
lhe diz: isto é meu!
Estrelas,
mundos, ideias,
bíblias,
monstros, epopeias,
tudo que
empolgas é teu…
Cabeça
que pese um astro
na mente
de Noroastro,
na mão
de Ptolomeu!”.
Esta
poesia é de 1864. Quando necessário cito as datas para fixar bem
Tobias na história de nossa cultura. No condoreirismo foi precursor.
Sílvio Romero expõe:
“Tobias
era mais velho oito anos que o autor de Gonzaga e em Sergipe, Bahia e
Pernambuco o antecedera na poesia.
Para
prová-lo basta cotejar fatos e datas. Felizmente existem versos de
Castro Alves de 1860 nos folhetos comemorativos dos festejos anuais
do Ginásio Baiano, onde estudou preparatórios o futuro autor da
Cachoeira de Paulo Afonso. Por eles decide-se peremptoriamente a
questão da precedência.
Continua…
BRASIL
BANDECCHI
Um comentário:
Olá, Furtado
Antes de mais... obrigada por seus parabéns por meu aniversário.
Tive que ir ver o post anterior, que não tinha lido, para me inteirar da história deste vulto da literatura brasileira, que eu não conhecia.
É muito louvável da sua parte dar a conhecer os autores menos conhecidos.
Obrigada pela partilha.
Continuação de boa semana.
Beijinhos
MARIAZITA / A CASA DA MARIQUINHAS
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