Guerra do Paraguai |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
IRINEU
EVANGELISTA DE SOUZA (MAUÁ) - PARTE 08.
Essas
posições valeram-lhe, senão a antipatia de Pedro II, pelo menos
certo distanciamento. A esse respeito, escreve Alberto de Faria: “Não
há negar, nem dissimularemos, que o Imperador pareceu nutrir sempre prevenção contra Mauá". Nas cronicas do antigo regime, com visos de verdade, há reminiscência
de palavras ouvidas por um dos seus últimos ministros a respeito de outro empreendedor inteligente: “este
é um novo Mauá”. O fato, igualmente, de Mauá ter desaprovado a
Guerra do Paraguai foi, para Vicente Licínio Cardoso, uma das causas
do seu desamparo oficial posterior.
Dado
o interesse de Mauá pela indústria, houve quem o quisesse filiar
como adepto de Saint-Simon que, como se sabe, emprestava singular
relevo à indústria, como fator capaz de trazer a felicidade humana.
Alberto de Faria escreve mesmo: “Mauá está fixado, sem dúvida,
entre os que, no século XIX, sofreram o influxo da escola
sociológica de Henri de Saint-Simon”. Seu descendente e biógrafo,
Cláudio Ganns, acha, no entanto, que Irineu era apenas de formação
inglesa, cujos livros e revistas lia desde a mocidade. Para ele, a
mentalidade de Mauá estava voltada para autores da escola liberal,
como Adam Smith e Bentham e através deles para Stuart-Mill e o frances
Jean Batiste Say”. A
nosso ver, entretanto, o industrialismo de Mauá não decorria tanto
de sua filiação a determinadas correntes filosóficas ou
econômicas, mas da compreensão das necessidades brasileiras e das
oportunidades que daí lhe adivinham, sendo, acima de tudo um
pragmático.
Como
se explica, porém, a falencia, o fracasso de um homem culto e avançado como
Mauá? Para a vitória dos ideais industrialistas deústrias Mauá era
preciso a mudança da estrutura em que estava baseada a nossa
economia: a agricultura extensiva do café e a escravidão. Ora, essa estrutura persistiu, como se sabe. Por outro lado, Mauá
tinha seus negócios bastante entrelaçados com o próprio Império,
que, por sua vez, estava fundado na estrutura arcaica que
mencionamos, o que punha em choque os dois interesses. Por isso, a
Guerra do Paraguai, que assinala a decadência do Império, surgindo daí por diante as várias "questões" que o levaram à ruína: Cristie, Militar, religiosa e fundação
do Partido República, marca no mesmo tempo o declínio de Mauá.
Assim escreve Lídia Besouchet: “com
o entrelaçamento de interesses entre Mauá e o Estado Imperial, não
é de se admirar que todos os movimentos da infraestrutura do estado
se refletissem na economia particular do banqueiro; a vida de ambos
está indissoluvelmente ligada. O Iústriasmpério chega ao seu ápice em
1860, quando Mauá atinge o apogeu de sua carreira financeira; a
partir desta data declina o Império e começa Mauá a sofrer os
primeiros reveses. Os últimos esforços que faz o Estado Imperial
para sair da crise pela Guerra do Paraguai, coincidem com os últimos
esforços industriais de Mauá”. Também não se deve omitir sobre
esse assunto a contradição criada por Mauá com suas indústrias
e os interesses ingleses aqui predominantes e bastante influentes.
Foram
estas contradições que levaram Mauá à falência, provocando sua
ruína, ocasionando sua derrota.
Mas esta
derrota não significou o fracasso de seus ideais progressistas,
porém, constituiu a semente que mais tarde frutificaria.
Com
efeito, Mauá morreu em outubro de 1889, isto é, um ano após a
Abolição e um mês antes da República. Um novo surto de
industrialização surgia entre nós então com o tão malsinado
“Encilhamento”. E este surto de industrialização, embora
sofrendo altos e baixos, não iria parar mais, até chegar aos nossos
dias. É por isso que a figura de Mauá desperta ainda interesse no
momento e continua a ser estudada e mesmo admirada como o grande
pioneiro que foi.
Heitor
Ferreira de Lima
"QUERIDOS AMIGOS!"
Eis que mais uma vez estou retornando de uma breve pausa. Graças a DEUS, os exames da velha carcaça apresentaram resultados normais, excetuando-se o da próstata que apresentou um pequeno crescimento, porém, compatível com a idade, que já se situa na reta de chegada das 74 primaveras.
Agradeço de coração a todos pela honrosa compreensão, prometendo retribuir a todas as visitas e valiosos comentários deixados no nosso humilde espaço.
"QUE DEUS SEJA LOUVADO!"
Rosemildo Sales Furtado
Um comentário:
Apesar de dizer em pausa.
Eu não vou embora sem deixar um carinhoso abraço
também agradecer pela sua amizade durante tanto tempo caminhamos juntos.
Um abençoado Domingo.
BJS..Evanir.
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