Colégio São Paulo de Piratininga
HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA BRASILEIRA –
PARTE 02
Se entrarmos no outro setor –
o dos jesuítas – no qual predominam as figuras dos padres Manuel
da Nóbrega e José de Anchieta – observaremos que o papel,
desempenhado por eles, não somente se prende à formação
espiritual da Colonia, mas também às lições do Humanismo europeu
que procuraram difundir logo nos primeiros colégios fundados, como o
da Bahia, em 1551, e o de S. Paulo de Piratininga, em 1554.
José
de Anchieta, na série dos pretensos iniciadores da Literatura
Brasileira, é, sem dúvida alguma, o representante daquele humanismo
teocêntrico , de estrutura e significado medievais, que o seu teatro
e as suas poesias tão bem expressam. O teatro anchietano, por
exemplo, faz-nos compreender como as formas dramáticas tradicionais
nele se desenvolveram – como, em Portugal, anteriormente, porém no
mesmo século XVI, se havia dado com Gil Vicente: num sentido da
maior humanização do homem, à medida que nele se enraizasse a
concepção cristã da vida. Nesse particular, Anchieta prolonga até
ao Brasil Colonia a Literatura Portuguesa, procurando adaptar ao novo
ambiente um elemento de características sociais como o teatro. O que
quer dizer: Anchieta incorporou ao processo espiritual do Brasil
Colonia,
processo evidentemente em formação, um valor tradicional, um modelo
artístico que o gênio vicentino tornara em voga no Portugal
quinhentista.
A chamada Literatura dos
Jesuítas tem, em Anchieta, sua maior figura, quer pelas
características do escritor que houve nele, quer pela atividade
literária que soube, no Brasil Colonia do século XVI, realizar
entre nós. Só historicamente, todavia, em consonância ao processo
espiritual do Brasil Colonia, e pelo seu trabalho de taumaturgo e
conquistador, podemos considerá-lo figura nossa!...
Se, contudo, vimos sob outro
prisma, isto é, como escritor aqui chegado com uma língua literária
feita, não poderemos admiti-lo como a figura iniciadora de nossa
literatura, pois que a obra anchietana não é típica expressão de
um povo, não corresponde, em nenhum momento, ao caráter genuíno
deste.
Ob: Com relação as
informações históricas e geográficas contidas neste post, favor
considerar a época da edição do livro/fonte.
Fonte: “Os Forjadores do
Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
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5 comentários:
Eu gosto tanto de história as vezes acho que deveria ter estudo e me formado nisto rs...
Um lindo dia pra vc =)
Olá, Rosemildo!
Os Jesuítas (em Portugal, tb é o nome de um bolo, por sinal, bem gostoso) ou Companhia de Jesus tiveram uma ação mto importante, não só em Portugal, mas tb no estrangeiro, e como o Brasil era nossa colónia, para aí se deslocaram, imbuídos de fé, catequizando, em força e não pela força, os índios e os indígenas.
O padre católico José de Anchieta, que nasceu em Espanha, foi, sem dúvida alguma o "artesão" de todo essa grandiosa obra e sua ação se fez notar, sobretudo, na cidade de em S.Paulo.
A aldeia jesuítica foi considerada a maior cidade da América do Sul, no século XV!
Tenha um resto de boa semana.
Abraços e beijos para todos vocês.
Um belo artigo amigo Rosemildo e realmente os Jesuítas foram os grandes dinamizadores culturais por esse mundo fora.
Um abraço e bom fim de semana.
Bem, vim só espreitar os comentários, mas ainda não há nada k não eu não tivesse lido.
Literatura não é do domínio geral, como sabe, mas se fica sabendo ou recordando alguma coisa.
Boa semana, Rosemildo!
Os Jesuítas deram uma grande contribuição para o desenvolvimento de Portugal, a todos os níveis. Logo a literatura não podia ser esquecida.
Um abraço e uma boa semana
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