HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 83
LITERATURA DOS PAÍSES BAIXOS – II
No século seguinte, três escritores merecem destaque:
Pieter Cornelis Hooft (1581-1647), Joost van den Vondel (1587-1678) e
Gerbrand Adriaens Brederoo (1585-1618). Hooft foi escritor
petrarquesco e senequiano e, além de “Granida”, “Warenar” –
comédia à Plauto – e “História dos Países Baixos”, escreveu
a obra-prima intitulada “Baeto”. Hooft apresenta muito da
retórica renascentista de seu país. Vondel é autor de imensa obra,
mas, sobretudo de vinte e três tragédias, nas quais necessariamente
destaca-se a riqueza lírica. Joost van den Vondel é escritor em
holandês e também o primeiro autor de tragédias em seu país. De
sua dramaturgia citam-se: “Jephta”, “Joseph”, “Adam in
Ballingschap” e “Lucifer”. Brederoo é o autor de uma excelente
comédia: “De Spaansche Brabander”, notável pela capacidade de
observação dos meios populares de Amsterdã. Vondel foi o primeiro
autor trágico holandês; Brederoo, o primeiro autor de comédias.
O século XVIII nos Países Baixos apresenta outros três
nomes literariamente importantes: A. Christiaan Staring (1767-1840),
Willem Bilderdijk (1756-1831) e Elizabeth Wolff (1738-1804). Staring
escreveu “Dichtoefening” e “Gedichten”, notáveis pela
naturalidade de estilo e realismo poético; Willem Bilderdijk é o
poeta e Wolff a romancista que anunciam o romantismo na leitura dos
Países Baixos. Deve-se a Elizabeth Wolff a autoria do primeiro
romance holandês moderno: “Sara Busgerhart”.
Hendrik Conscience
O século XIX apresenta os “tachtigers”: Kloos
(1859-1938); Hildebrand (Nicolas Beets-1814-1903) Edward Douwes
Dekker (1820-1887), autor de “Max Havelaar”; Karel Ledeganck
(1805-1847, autor de “Drie Zustersteden”; Hendrik Conscience
(1812-1883), autor de “Se Leeuw van Vlaanderen” e grande criador
de mitos nos quais o povo flamengo se reconheceria; Guido Gezelle
(1830-1899), poeta hábil na exploração estilística das expressões
dialetais.
Na literatura mais recente da Bélgica e da Holanda,
encontramos : Emants (1863-1923), iniciador do romance naturalista
nos Países Baixos; Jacques Perk (1859-1881), continuador da escola
literária de Willem Kloos; Virginie Loveling (1836-1923), romancista
que combina o realismo a um certo romantismo; Frederick van Eeden
(1860-1932), autor do romance “Kleine Johannes”, universalmente
conhecido; e um dos maiores ensaístas mundiais – Johan Huizinga
(1872-1945), autor de “Outono da Idade Média” (Herfsttij der
Middeleeuwen”).
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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Um comentário:
A Literatura da Holanda não é, grandemente, divulgada neste Portugal que integra o mesmo Clube/Grupo, chamado União Europeia.
Enquanto estas "diferenças" culturais não forem unificadas de verdade, teremos de contar com os patriotismos isolados e as ligações com aparentes barreiras.
Uma União é (deve ser) algo que não se resuma á moeda e a regulamentos dispersos e sem ligação.
É o contrasenso que se vive e "reina".
Abraços
SOL
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