HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA NORUEGUESA-- PARTE 78
Após pertencer à União de Kalmar e, posteriormente,
estar unida à Suécia (de 1814 a 1906), a Noruega, finalmente,
inscreve-se como país politicamente independente ao iniciar-se o
século atual.
O movimento barroco alcançou a Noruega, obtendo como
representante o grande poeta Petter Dass (1647-1709. Petter Dass é
um poeta de marcada inspiração religiosa e de temática
acentuadamente caracterizada pela constante presença da angústia.
No século seguinte Johan Herman Wessel (1742-1785) alcança
notoriedade com o aparecimento da agradável comédia “Kjaerlighed
uden Stroemper”, uma paródia bem realizada do sentimentalismo
exagerado e da pseudo-arte.
No entanto, é o século XIX que trará a Noruega para
os limites da literatura universal, pois, é neste período que
Henrik Ibsen (1828-1906) estará dedicado ao teatro elevando a
dramaturgia norueguesa ao alto nível europeu da segunda metade do
século. Seu teatro inicia-se com peças históricas e desenvolve-se
até abranger as análises e reivindicações sociais e, finalmente,
atinge o plano das preocupações filosóficas. Na dramaturgia de
Ibsen surgem: “Peer Gynt”, “Casa de boneca”, “Pato
selvagem”, “Um inimigo do povo”, Solness o construtor”,
“Hedda Gabler”, “João Gabriel Borkman”. Como poeta, Ibsen
compôs o excepcional drama poético “Brandt”.
Seu contemporâneo e compatriota Bjoernstjerne Bjoerson
(1832-1910) foi também um ator teatral, mas, sua glória reside
sobretudo nos romances e contos. Em sua produção destacam-se:
“Redatores” e “Além de nossas forças” na dramaturgia;
“Pelos caminhos de Deus” e “Um rapaz feliz” na prosa;
“Pequenos poemas” na criação poética. Em seus contos há uma
forte predileção pelos ambientes campestres, observados com
simpatia e humor.
Na geração literária seguinte à idade ibseniana,
três romancistas obtém reconhecimento universal: Johan Bojer
(1872-1959), Knut Hamsun (1859-1952) e Sigrid Undset (1882-1949.
Johan Bojer traduz em sua prosa de fundo social as
experiências de sua juventude passada em ambientes de pescadores e
operários. Bojer sofreu a influência imediata de seus amigos Hamsun
e Strindberg. Entre seus melhores romances destacam-se: “Um homem
do povo” e “Povo do mar”.
Knut Hamsun apresenta em sua temática a oposição às
cidades, à civilização e a técnica a bem de uma volta à unidade
e simplicidade naturais, capazes de proporcionar vivência mística
aos homens. Hamsun é essencialmente um romancista do anarquismo
voltado ao passado e transcreve em sua obra as experiências do
viandante descompromissado que foi na vida real. De sua obra citemos:
“Fome” “Pan” e “Mistérios”.
Sigrid Undset é uma autora que se inspira sobretudo nas
sagas norueguesas e desenvolve a constante temática feminista das
injustiças sofridas pelas mulheres. Citamos de sua obra: “Cristina
Lavrans Datter”, “Homens, mulheres, lugares”, “Ida Elisabeth”
e “A esposa fiel”.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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Um comentário:
Texto bem interessante e eu não conhecia nada da literatura norueguesa. bjs e boa semana,
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