quarta-feira, 19 de março de 2014

Literatura Norueguesa -- Parte 78.

 

HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA NORUEGUESA-- PARTE 78
 
Após pertencer à União de Kalmar e, posteriormente, estar unida à Suécia (de 1814 a 1906), a Noruega, finalmente, inscreve-se como país politicamente independente ao iniciar-se o século atual.

O movimento barroco alcançou a Noruega, obtendo como representante o grande poeta Petter Dass (1647-1709. Petter Dass é um poeta de marcada inspiração religiosa e de temática acentuadamente caracterizada pela constante presença da angústia. No século seguinte Johan Herman Wessel (1742-1785) alcança notoriedade com o aparecimento da agradável comédia “Kjaerlighed uden Stroemper”, uma paródia bem realizada do sentimentalismo exagerado e da pseudo-arte. 
 
No entanto, é o século XIX que trará a Noruega para os limites da literatura universal, pois, é neste período que Henrik Ibsen (1828-1906) estará dedicado ao teatro elevando a dramaturgia norueguesa ao alto nível europeu da segunda metade do século. Seu teatro inicia-se com peças históricas e desenvolve-se até abranger as análises e reivindicações sociais e, finalmente, atinge o plano das preocupações filosóficas. Na dramaturgia de Ibsen surgem: “Peer Gynt”, “Casa de boneca”, “Pato selvagem”, “Um inimigo do povo”, Solness o construtor”, “Hedda Gabler”, “João Gabriel Borkman”. Como poeta, Ibsen compôs o excepcional drama poético “Brandt”.

Seu contemporâneo e compatriota Bjoernstjerne Bjoerson (1832-1910) foi também um ator teatral, mas, sua glória reside sobretudo nos romances e contos. Em sua produção destacam-se: “Redatores” e “Além de nossas forças” na dramaturgia; “Pelos caminhos de Deus” e “Um rapaz feliz” na prosa; “Pequenos poemas” na criação poética. Em seus contos há uma forte predileção pelos ambientes campestres, observados com simpatia e humor.

Na geração literária seguinte à idade ibseniana, três romancistas obtém reconhecimento universal: Johan Bojer (1872-1959), Knut Hamsun (1859-1952) e Sigrid Undset (1882-1949.

Johan Bojer traduz em sua prosa de fundo social as experiências de sua juventude passada em ambientes de pescadores e operários. Bojer sofreu a influência imediata de seus amigos Hamsun e Strindberg. Entre seus melhores romances destacam-se: “Um homem do povo” e “Povo do mar”.

Knut Hamsun apresenta em sua temática a oposição às cidades, à civilização e a técnica a bem de uma volta à unidade e simplicidade naturais, capazes de proporcionar vivência mística aos homens. Hamsun é essencialmente um romancista do anarquismo voltado ao passado e transcreve em sua obra as experiências do viandante descompromissado que foi na vida real. De sua obra citemos: “Fome” “Pan” e “Mistérios”.

Sigrid Undset é uma autora que se inspira sobretudo nas sagas norueguesas e desenvolve a constante temática feminista das injustiças sofridas pelas mulheres. Citamos de sua obra: “Cristina Lavrans Datter”, “Homens, mulheres, lugares”, “Ida Elisabeth” e “A esposa fiel”.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7. 
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Um comentário:

Anne Lieri disse...

Texto bem interessante e eu não conhecia nada da literatura norueguesa. bjs e boa semana,

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