HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE
41
LITERATURA NORTE-AMERICANA
Henry Miller é o escritor do lirismo erótico como
justificativa e descoberta da existência pessoal. Sua obra –
“Tropic of Cancer” e “Tropic of Capricorn”, principalmente –
resume-se num longo e sincero monólogo de meditação sobre a vida.
Francis Scott Fitzgerald é o autor de “Tender is the
Night”, “All the Sad Young Men”, “The Last Tycoon” e de
“The Great Gatsby”, considerado a primeira realização
significativa norte-americana na literatura posterior a Henry James,
pelo crítico e poeta T.S. Eliot. Em seus romances Fitzgerald condena
a nação americana por sua aridez e seus compatriotas típicos pelo
ingênuo espírito de conquista através do saber, dinheiro e força
– trilogia suficiente para a procurada obtenção da felicidade em
estilo americano. “The Great Gatsby” – a história de um
vitorioso contrabandista irremediavelmente preso ao encanto da moça
fútil que conquistou durante a mocidade – alcança o nível
supremo da tragédia.
Jhon Roderico Dos Passos é autor de “Manhattan
Transfer”, em que o herói é a própria cidade de Nova Yorque, e
de “USA”, que pretendia ser o romance dos país sem que o tenha
conseguido, pois resume-se no retrato descritivo das vidas de
“mortos tranquilos”. Dos Passos é também autor de “Orient
Express”. Observa-se neste autor o pessimismo e a impessoalidade do
estilo.
William Faulkner é o notável criador da saga de
Yoknapatawpha, imaginário condado sulista. Faulkner eleva o romance
policial ao nível trágico pelo predomínio do destino, do mal e do
implacável. Em sua obra destacam-se “Sanctuary” e “The Sound
and the Fury”, Yoknapatawpha é o microcosmo em que Faulkner
analisa a decadência, a violência, a crueldade e as perversões da
sociedade moderna.
Jhon Steinbeck é o autor de “The Grapes of Wrath”,
“Tortilla Flat”, “To a God Unknown”, “In Dubious Battle”,
“Of Mice and Men”, “East of Eden” e “Sweet Thursday. Seu
maior romance continua sendo “The Grapes of Wrath”, magnífico
romance naturalista e simbolista. Suas personagens são geralmente
camponeses, crianças, velhos e deficientes mentais; seus temas
desenvolvidos com maior grandiosidade são a opressão e a
adversidade; seus interesses são as motivações básicas da conduta
humana e a luta pela justiça social.
Citemos à margem da geração perdida, os romances de
sensibilidade e de análises freudianas de Sherwood Anderson
(1885-1941) e, principalmente seus contos, como “Winnesburg”,
“Ohio”, “The Triunph of the Egg” e sua obra-prima “A
Storyteller's Story”. Sherwood Anderson revela o nível profundo da
personalidade de uma maneira excelente em seus contos e com
deficiências estruturais em seus romances. O tema constante que
desenvolve é o da incomunicabilidade humana.
No teatro aparecem Tennessee Williams (1914), Arthur
Miller (1914 e, principalmente, Eugene O'Neill (1888-1953).
Arthur Miller é o dramaturgo de “Allmysons”, “Death
of a Salesman”, “Crucuble” e “A view from the bridge”. Em
“Death of a Salesman”, Miller estigmatiza os falsos valores da
civilização americana; em “Crucible” realiza a parábola da
moderna sociedade americana e do terrorismo cultural do neonazismo
macartista através dos julgamentos das feiticeiras de Salém.
Tennessee Williams é o autor que se inicia com “Glass menagerie”
promessa possivelmente frustrada de uma grande dramaturgia posterior.
Outras peças de Tennessee são: “Battle of Angels”, “27 Wagons
full of cotton” (coleção), “American Blues” (também
coleção), “A Street-Car named Desire” (prêmio Pulitzer em
1947), “Summer and Smoke”, “The Rose Tattoo”, “Camino
Real”, “Cat on a Hot Tin Roof” etc.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 88/90.
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3 comentários:
Maravilha temática..adorei!!
abraços querido Rosemildo.
Olá, Rosemildo
Ah! Se os governantes se preocupassem com a literatur. Espero que esteja bem de saúde e aobrigado por comentar meu texto.
Um abraço, paz e bem
GERALDO RIBEIRO
Gostei muito de ler este seu texto.
Gosto muito de cinema, aliás eu
trabalhei na legendagem de filmes.
Portanto estive a ler com muito
gosto este seu post.
Um bj.
Irene Alves
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