-->
HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE
38
LITERATURA NORTE-AMERICANA
O grande poeta
anterior à época da secessão é Edgar Allan Poe (1809-1849)
dominado pela atração pelo fantástico e pelo esotérico. Poe
conquistou reconhecimento exterior, principalmente na França, por
literatos como Baudelaire, Valéry e Yeats na Inglaterra, enquanto no
E.U.A. recebia críticas de Emerson e de outros. Como teórico da
literatura, Poe define poesia como “the rhythmical crestion of
Beauty”, a finalidade da arte como o prazer e não a verdade, a
obtenção do prazer estético através da unidade e da concisão e a
criação poético como deliberação consciente elaborada com
precisão e rigidez quase equivalentes a um procedimento matemático
combinatório. São características da poesia de Poe: o predomínio
do imaginativo sobre o racional, a qualidade musical do verso, a
nostalgia pela serenidade grega, o predomínio distante no tempo e no
espaço sobre o real imediato, o gótico exclusivamente poético e o
uso de repetições dextramente modificadas. Os principais poemas de
Poe, como “The Raven” ou “Anabel Lee”, seus ensaios de
literatura, “The Poetic Principle” e “The Philosophy of
Composition”; concorrem com suas estórias para sua imortalização.
Seu herói Auguste Dupin é predecessor de Sherlock Holmes pelo uso
da análise racional para descoberta e reconstrução de
acontecimentos.
A primeira
romancista norte-americana, Beecher-Stowe (1811-1896) é a célebre
autora de “Uncle Tom's Cabin”, que em apenas dez meses teve a
tiragem de 300 mil exemplares. “Uncle Tom's cabin” exprime o
conjunto de sentimento pré-revolucionários, mas, evidentemente, a
concepção corrente de que tenha “provocado” a Guerra da
Secessão é utópico exagero...
Após a vitória do
Norte em 1865 os grandes temas norte-americanos são propostos e os
grandes valores definidos. As principais ideias-força da civilização
nascem e se afirmam neste período: o gigantismo, o messianismo da
liberdade, o problema indígena, o problema negro e a coexistência
de duas tendências: o isolacionismo e o universalismo.
O isolacionismo
seria bem representado por Samuel L. Clemens, conhecido na literatura
como Mark Twain, típico representante da América em processo de
rápida expansão territorial e autêntico homem da fronteira. Este
escritor dos ambientes sulinos exerce um realismo aproximado ao dos
humoristas ingleses do século XVIII, como Fielding e Goldsmith, e
atinge o nível de alta literatura com seu “Huckleberry Finn” –
romance picaresco que alcança a estatura de épico popular. Há
profundas notas trágicas em seu humorismo e o pessimismo explodirá
no final de sua vida ao publicar “The Mysterious Stranger”. Este
escritor que é celebrado como o “americano autêntico” adotou
para suas estórias a própria língua popular falada em toda sua
truculência e em seu pleno pitoresco.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 84/85.
Visite também:
5 comentários:
Ciao .
E sempre piacevole entrare in questo spazio e leggere la letteratura occidentale . Ho letto anch'io anni fa "capanna dello zio Tom" Un romanzo che mi ha molto emozionato . Complimenti per quello che scrivi . Buona domenica .
HOLA QUERIDO AMIGO
EDGAR ALLAN POE ES UNO DE MIS PREFERIDOS. DE NIÑA HE LEÍDO CASI TODOS SUS LIBROS.
TE MANDO UN BESO GRANDE Y GRACIAS POR VENIR A MI RINCONCITO.
hola amigo te deseo una feliz semana ...con gran afecto
Marina
Sono sempre quì a deliziarmi dei tuoi post . Ti lascio i miei saluti e l'augurio di una felice settimana . Lina
Muito prazeroso, ter encontrado este "oásis" no meio de tantos de tantos "desertos" indesejáveis: "avis rara"!
Um abraço, Furtado,
da Lúcia.
P.S. conheço alguns Furtado, no Ceará, Sales, também.
Postar um comentário