(Santos Dumont) |
GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
SANTOS DUMONT – Parte 13.
“O mundo inteiro, ao saber deste feito, adivinhou que uma nova era até então desconhecida se lhe abria. Principiava a época heroica da aviação”.
No seu livro monumental Le Triomphe de la Navigation Aérienne, o Conde Henri de la Vaux declara: “Santos Dumont mostrou que o lançamento de um aeroplano sobre rodas era coisa factível, infinitamente mais prática do que os reboques em terra ou na água, as catapultas como as que Langely empregava ou os trilhos de lançamentos que os Wright eram obrigados a instalar.”
Bem sei que a utilização de rodas ocorreu, primeiro, a Clément Ader. Mas o motor do seu aeroplano – máquina a vapor excessivamente pesada – não lhe permitiu e jamais lhe permitiria voar. Conforme salienta Pires do Rio em O Combustível na Economia Nacional, a aventura da aviação foi a princípio esportiva. O problema da navegação aérea resolveu-se na oficina do mecânico. Certo! E Santos Dumont não passou de um mecânico de gênio. Viu o motor levíssimo a petróleo. Imaginou um V-8 com Anzani e encomendou-o a Levavasseur. Desceu às últimas minúcias. Nada esqueceu de especial.
Pai da aviação. Ninguém o poderá contestar com verdade. Ninguém!
Há um ponto, ainda, nesta minha argumentação, que pode considerar-se trêmulo, que não soa firme: eu assevero não existir a mínima prova de voos dos Wright anterior a 23 de outubro de 1906, mas não cito revistas ou jornal algum dos Estados Unidos que abone tal afirmativa. Possuo, porém, várias notas sobre o caso. Leiam.
Segundo o New York Evening Post, Santos Dumont solucionou o problema do mais pesado que o ar. Entrevistado pelo jornal, em Paris, ele demonstra confiança absoluta no futuro do aeroplano, quando os homens o guiarem como guiam automóveis. “Men will drive aeroplanes a they now drive automobiles.”
Continua
GONDIN DA FONSECA
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