José do Patrocínio |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
JOSÉ
CARLOS DO PATROCÍNIO – PARTE 01.
(1833-1905)
“Ou
cede à vontade do povo ou cai.”
José
Carlos do Patrocínio, vulgo “Zé do Pato”, era um mulato
bronzeado, filho natural de Justina Maria do Espírito Santo – a
quitandeira “Tia Justina” – e do padre João Carlos Monteiro –
o trigueiro vigário da paróquia de Campos. Nasceu aos nove dias do
mês de outubro, do ano de 1853, na cidade do mesmo nome, Estado do
Rio de Janeiro. Assim o atesta seu batistério, fornecido pela
Paróquia do S. Salvador, Bispado de Campos.
Desengonçado,
feio, de estrutura desarmônica, como o descrevem seus amigos Luís
Marat, Coelho Neto, Olavo Bilac e outros; físico balofo e olhos
empapuçados, como atesta seu mais fiel retrato publicado.
“Não
quis o destino – escreve Bilac – que o libertador nascesse de um
ventre feliz, entre carinhos e beijos fidalgos, na ventura de um lar
amoroso … Tirou-o de um ventre humilde e desventurado, deu-lhe à
pele a cor da treva, cercou-lhe o berço de todas as infelicidades, a
condição baixa, a origem obscura, a privação da paternidade
legítima e a atmosfera dos sofrimentos da gente cativa. O destino
quis que no corpo, nas células orgânicas, no sangue, na vibração
dos nervos daquele homem, se acumulassem e confundissem todas as
revoltas da gente mártir contra a maldade dos opressores, toda a
longa e trágica epopeia do sacrifício africano”.
Brandiu
sua pena com a força temível da inteligência e da convicção
pelas colunas da “Gazeta da Tarde”, da “Gazeta de Notícias”
e da “Cidade do Rio” e, em catadupas eletrizantes, dramáticas,
com a mesma bravura de um Espártaco, despejou suas catilinárias das
tribunas da rua. Ambos tiveram um ideal comum: a luta contra a
escravidão.
Luta
difícil e penosa, somente teve sua ascensão e esplendor quando JOSÉ
DO PATROCÍNIO, acolhido pela simpatia de Ferreira de Araújo,
assenta sua barraca na redação da “Gazeta de Notícias”, em
1879, depois do famoso “Congresso Agrícola” e das primeiras
agitações populares da campanha abolicionista, alcançando suas
armas “para a quebra das grilhetas”, na expressão de Osvaldo
Orico.
Continua…
S. SILVA
BARRETO
2 comentários:
Gracias por tus comentarios he vuelto a subir poesias despues que ese individuo me amenazo de dinunciarme por robarle los poemas lo que paso es que yo no los tengo registrados ya que es caro y solo dispongo de una misera pension de minusvala .
El las ha cogido y registrado como suyas.
Besos
O amigo, a quanto tempo aqui não vinha... Que história impressionante e que texto lírico belíssimo! Esse foi o cara, realmente. E pouco se conhece da história dele, mesmo que o seu nome seja um dos mais conhecidos. Coloco-mo no rol desses. Grato pela partilha! Grande abraço. Laerte.
Postar um comentário