Benjamim Constant |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
FLORIANO
PEIXOTO – PARTE 08
Assim
como todas as potências europeias foram unânimes em acompanhar a
Inglaterra e impediram a frota rebelde de bombardear o Rio, só
podemos presumir que sigam ela a mesma política da Inglaterra.
Desejamos, portanto, que V. Excia. use de toda a influência junto ao
vosso Governo e que o mesmo ouça de vós que a questão está
encerrada pela partida dos navios portugueses com os rebeldes a
bordo. Tomamos a liberdade de assim telegrafar a V. Excia. porque a
questão é da maior importância e se não for encerrada brevemente
no sentido indicado, poderá trazer as mais sérias complicações.”
Felisberto
mostrou o telegrama a Floriano. Floriano leu-o em silêncio. Depois
sorriu.
– Não
responda.
– Nem
acusando o recebimento?
– Nem
isso.
Homem
feroz, o Major, ao resguardo da sua dignidade e da dignidade do
Brasil. A 18 de novembro de 1889, Benjamim Constant, que fora seu
professor, mandou-lhe um retrato com a seguinte dedicatória: “Ao
prestigioso e distintíssimo General Floriano Vieira Peixoto, que no
dia 15 de novembro conquistou por seu corretíssimo e patriótico
procediment o, novo e imorredouro título à alta estima do exército
e as bênçãos da Pátria, oferece, como uma justa homenagem às
suas belas virtudes e inexcedível valor militar, o amigo e admirador
Benj amim Constant Botelho de Magalhães”.
De fato,
sem Floriano não haveria República. Haveria o caos. Esfacelar-se-ia
o Brasil. Ele não foi apenas grande militar: foi um diplomata
habilíssimo, um administrador civil sem paralelo e o maior estadista
da nossa Pátria depois de D. Pedro II. Acabou-se no governo. Saiu
para morrer.
Só de
me lembrar dele eu me comovo. Nasci, criei-me e cresci admirando-o.
Viva Floriano!
GONDIN
DA FONSECA
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