HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 11
URUGUAI
O romantismo uruguaio apresenta a significativa obra
poética de Zorrilla de San Martín (1855-1931). Juan Zorrilla de San
Martín dedicou-se a vários gêneros, porém, o ápice de sua
criação literária é indubitavelmente o poema épico-lírico
intitulado “Tabaré”, excelente romance histórico em versos que
não encontra superação por qualquer outro do mesmo gênero em toda
a literatura hispano-americana.
A grande significação literária uruguaia está
localizada, com a exceção do romântico autor de “Tabaré”, no
modernismo. Júlio Herrera y Reyssig (1875-1910) é original voz
poética do modernismo que, em alguns momentos, aproxima-se “avant
la lettre” do surrealismo pelo subconsciente que informa seus
versos. Suas primeiras publicações foram “Los éxtasis de la
montaña” e “Los parques abandonados”; suas obras completas
foram, a seguir, publicadas em cinco volumes. Predominantemente seu
estilo literário é o simbolismo e sua expressão poética
constrói-se por extensão gradativa que, a partir da simplicidade e
tranquilidade, eleva-se à obscuridade e à violência, sem que seja
alterado o nível de extrema musicalidade e lirismo.
O primeiro prosador modernista na literatura uruguaia é
José Henrique Rodó (1871-1917), autor de “Ariel”. Com idealismo
indefinido e certo otimismo, Rodó desenvolve a defesa do ser humano
que abandona a comum realização parcial e alcança a integral
expansão.
Carlos Reyles (1868-1938), autor de “El embrujo de
sevilla”, é romancista realista que se destaca pela análise
psicológica e pela observação regionalista. Outro romancista
importante é Enrique Amorim (1900-1960), notabilizado com “El
paisano Aguillar”, significativa realização da literatura
uruguaia de vanguarda. O estilo de Amorim caracteriza-se pelo domínio
de naturalidade do enriquecimento através de metáforas. O realismo
marca a técnica do romancista Juan Carlos Onetti (1909-1994),
altamente influenciado por Faulkner e Dos Passos. Sua obra máxima,
“La vida breve”, é excelente para transcrever literariamente a
solidão e os fracassos humanos nos ambientes urbanos e para
enriquecer a qualidade de sua prosa ao alcançar momentos de
realização lírica.
A poesia uruguaia moderna é representada por Delmira
Agustini (1886-1914), Juana de Ibarbourou (1892-1979), Sara de Ibáñez
(1909-1972) e Juan Cunha (1910-1985). A poetisa Delmira Agustini
destaca-se pela ousadia de imagens e pelo prazer estético que
utiliza para elevação de suas confissões. A grande realização
poética de Juana de Ibarbourou está em “Las lenguas de diamante”;
o momento máximo da poesia de Sara de Ibáñez está em “Pastoral”,
cujos poemas revelam domínio dos elementos formais dos versos e
extrema musicalidade que os caracteriza. A poesia de Juan Cunha
abre-se para abranger a solidão e a comunhão entre os seres
humanos. A obra principal de Cunha é “El pájaro que vino de la
noche”.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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Um comentário:
Olá amigo! Obrigado pela visita e por deixado lá um comentário. Gostei do teu blog, aliás, parabéns pelas postagens. Quem sabe um dia, eu possa ver a divulgação de uma das minhas obras aqui, não é?
Tenhas uma ótima semana.
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