HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 1
ARGENTINA – I
A autonomia literária acompanha o processo de
intensificação dos sentimentos nativistas. É uma constante a
dependência dos estilos literários coloniais aos padrões
fornecidos pela vida cultural metropolitana. Quando um escritor se
destaca dentro do contexto realmente colonial e atinge com sua
produção literária uma posição privilegiada além fronteiras,
sempre o faz como expressão literária de mãe-pátria. Apenas o
despertar do nativismo nos vários planos da atividade humana
consegue informar o movimento literário de seu próprio país. Na
Argentina o movimento nativista manifesta-se literariamente com certo
adiantamento no século XVII com o poeta Luís de Tejeda y Gusmán
(1604-1680).
A grande ampliação da literatura argentina ocorre com
o real desenvolvimento da expressão nativista a partir da segunda
metade do século XVIII, coincidindo com o movimento romântico.
Representam-no, na poesia, Esteban Echeverría (1805-1851) e José
Mármol (1817-1871). Echeverría, de fato, alcançou prestígio
imenso nas terras do novo mundo hispânico com os versos de “La
cautiva”, embora seu grande significado literário seja mantido
pela prosa de seus contos, como “El matadero”, e de seus ensaios,
dos quais merece destaque “Forma y fundo em las obras de
imaginación”. Também o poeta Mármol teve sua grande realização
na prosa e seu romance “Amalia” inaugura a novelística
argentina. O grande poema argentino “Martín Fierro” surge com
José Hernández (1834-1886) e constitui notável análise
psicológica e social do gaúcho. Na prosa é necessário ressaltar a
biografia romanceada escrita por Domingo Faustino Sarmiento
(1811-1888) e intitulada “Fecundo”. Na prosa de Sarmiento está
literariamente transcrita a Argentina da época de Rosa.
O fim do século XIX afirma a maturidade literária
argentina tanto com a expressão poética de Leopoldo Lugones
(1874-1938, Enrique Banchs (1888-1968), Baldomero Fernández Moreno
(1886-1950) e Alfonsina Storni (1892-1938), como com a expressão em
prosa de Horácio Quiroga (1879-1937), Ricardo Güiraldes
(1886-1927), Eduardo Mallea (1903-1982) e Florêncio Sánchez
(1875-1910).
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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Um comentário:
Cá estou eu a beber as palavras das tuas histórias da história, e a ficar mais rica a cada gole.
Abraço, Rosemildo, meu amigo. D
http://acintarvindodoceu.blogspot.pt
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