HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 71
LITERATURA ITALIANA – XIII
Movimentos críticos de orientação diversa são os
representados pela revista “Novecento” (1926) e por “Solaria”
(1926-1936): à primeira estão ligados os nomes de Bontempelli e de
Curzio Malaparte; à outra, os de Pavese, Montale, Saba, B. Tecchi e
Titta Rosa. Ambas tiveram caráter cosmopolita e modernista de
amplitude mais significativa.
Como escritores anteriores ao término da segunda guerra
mundial, são significativos: Eugênio Montale (1896-1981) G.
Ungaretti (1888-1970), Luigi Pirandello (1867-1936), Giovanni Papini
(1881-1956). A temática da solidão humana caracteriza os dois
primeiros, Montale e Ungaretti. Montale é o hermético de “Ossi di
seppia”, reunião de poemas da incompreensibilidade essencial do
mundo e da vida da contemplação indiferente e melancólica dos
acontecimentos entre seres humanos desesperançados de um encontro
essencialmente significativo. O outro grande poeta do lirismo
hermetista, Giuseppe Ungaretti, é autor de “Sentimento del
tiempo”, em cujos versos a solidão e a impossibilidade existencial
são transmitidas em concisão poética. Ambos revelam a perda das
ingênuas ilusões do século XIX e o encontro entre os homens e o
mundo, entre o homem e os homens. Luigi Pirandello é um renovador do
teatro não apenas de seu país, mas, de toda Europa; esta magnífica
produção teatral está reunida nos quatro volumes de “Maschere
nude”. Também a solidão individual e os dolorosos absurdos da
existência são encontrados no amargamente irônico Pirandello.
Renovador da linguagem teatral e re-introdutor da serenidade temática
na dramaturgia, Pirandello compraz-se com a colocação da realidade
antitética entre o inconsciente e o consciente, entre a tendência
ao comportamento cristalizado e a eterna instabilidade essencial ao
humano.
Papini é o famoso autor da perfeita sátira aos nossos
tempos intitulada “Gog”, mas, sua criatividade estende-se a quase
todos os gêneros literários, excetuado o teatro. Caracteriza-o a
constante renovação pessoal, muito bem representada em sua obra,
como nos textos filosóficos, nas composições poéticas, nos
relatos autobiográficos ou nos escritos de inspiração religiosa,
após sua conversão ao catolicismo.
O após-guerra apresenta a retomada de contato com a
realidade determinadora dos aspectos acentuadores dos absurdos
existenciais ao estender-se a visão neo-realista à amplitude social
das injustiças, da miséria, dos sofrimentos provocados pela
desumana organização social. A visão do realismo renovado eleva-se
ao plano de combate orientado por uma esperança, uma energia e uma
fé que sentem aproximar-se. Na narrativa realista muitos são os
nomes a destacar, mas, citemos os seguintes: Alberto Moravia
(1907-1990), Cesare Pavese (1908-1950), Dino Buzzati (1906-1972),
Curzio Malaparte (1898-1957), Ignazio Silone (1900-1978), Elio
Vittorini (1908-1966), Guido Piovene (1907-1974), Vasco Pratolini
(1913-1991), Carlo Levi (1902-1975).
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7.
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Um comentário:
Vamos aprendiendo conociendo.
Un abrazo, amigo Furtado.
Andri Alba
angelnegroblanco
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