HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 68
LITERATURA ITALIANA – X
Seu autêntico sistema está centralizado no
irremediável da infelicidade existencial humana e no antitético
fato de que a verdade é essencial ao homem e, ao mesmo tempo, fator
que aprofunda-lhe a realidade dolorosa da vida. Para G. Leopardi o
poeta é espectador marginalizado em sua atividade artística e a
vida um angustiante suceder de acontecimentos absurdos pela dor que a
eles é inerente. Nas meditações poéticas deste combatente
fatigado e desiludido apenas a juventude retorna como breve momento
feliz da existência, mas, a reflexão revela que, afinal, este
rápido avistar de realização pessoal é extremamente ilusório de
modo que as ilusões descobertas vêm ampliar as dimensões da
constatação, alcançada na idade posterior, do aspecto lúdico e
mecânico da vida.
Giacomo Leopardi
Observa-se, nos poemas e nos textos em prosa deste
magnífico cantor, que este pessimismo não se restringe ao caráter
pessoal, mas é transposto a outros níveis e explode à solenidade e
amplitude de um fenômeno caracterizador da realidade cósmica.
Em sua produção múltipla e variada pode ser indicado
como dignos de consideração.
a) os escritos satíricos: “I nuovi credenti”,
“Plinodia al marchese Gino Capponi” e, especialmente no gênero,
“Paralipomeni della Batracomiomachia”;
b) as tragédias: “II Pompeo in Egitto” e “La
virtù indiana”;
c) textos filosófico-doutrinários: “Bruto minore”;
d) críticas e meditações: “Zilbadone” e os
“Pensieri”;
e) no gênero de exposição-manifesto: a parte
introdutória denominada “Historia del genero humano”;
f) como realização máxima de seu lirismo: “A
Silvia”; “Le ricordanze”; “II passero solitario”; mas, como
significativos por excelência de seu pensamento, “Canti” e
“Operette morali”.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, página 118.
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