quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Literatura Ocidental Parte - 52.


 
HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 52
LITERATURA ALEMÃ

o realismo

As novas condições sócio-econômicas mundiais e alemãs após 1870, principalmente em suas consequências diretas de hipertrofia das grandes cidades em processo de industrialização e o agravamento das condições de vida do proletariado, ofereceram campo propício a uma tomada de consciência mais aguda dos grandes problemas sociais e individuais da humanidade e à sua expressão literária, principalmente determinada pelo materialismo e pelas doutrinas socialistas. Esta revolução literária centralizou-se,de maneira espacial, em Muenchen e Berlim. A influência francesa de Zola é introduzida principalmente através da revista “Die Gesellschaft “, já no ano de 1885, na cidade de Muenchen e, em Berlim, os irmãos Hart promovem a divulgação do credo naturalista com o lançamento dos folhetos “Kritische Waffengaenge”. Outra revista, “Revolution der Literatur”, serviu de órgão propagandístico à poesia e à crítica de formulação naturalista. No teatro, a aceitação do naturalismo foi auxiliada pela organização “Freie Buehne” que congregava críticos naturalistas berlinenses e que tinha como objetivo basilar a representação dos dramas dos chamados “Modernen”. Esta instituição fundou, para maior reforço à obtenção de seu objetivo, a revista “Neue Rundschau”. Em 1889, o dramaturgo Hauptmann estreia sua tragédia “Vor Sonnenaufgang”. As normas gerais do realismo consistiam na apresentação da realidade tal como aprendidas pelos sentidos; a reportagem quase fotográfica das manifestações que até então eram rejeitadas como grosseiras, instintivas ou mesmo asquerosas; e um desenvolvido senso do presente, além de uma acentuada preferência pelas transições das classes sociais da nova sociedade.
 
Gerhart Hauptmann
O romance é o gênero por excelência do naturalismo e abrange o estudo da pequena burguesia, com as obras do escritor Freytag (1816-1895); a pintura da vida privada e dos problemas conjugais, com o escritor Theodor Fontane (1819-1898); os dramas da resignação ambientados nas florestas da Boêmia pelo romancista Adalbert Stifter (1805-1868); o mar e o norte convertidos em linguagem poética por Theodor Storm (1817-1888), e as descrições do realismo regionalista, como as realizadas por Wilhelm Raabe (1831-1910) e por Gottfried Keller (1819-1890), o primeiro dedicando-se à região do Brunswick e o segundo à região de Zurique. Wilhelm Raab é, maliciosamente, definido pelo crítico e poeta Peter Hille como um moderno Jean-Paul e, na realidade, o pode ser por conseguir realizar o encontro entre a expressão artística e a sensibilidade popular; Gottfried Keller pode ser colocado entre os grandes narradores do século XIX com sua prosa impregnada de lirismo.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 99/100.

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2 comentários:

Marina-Emer disse...

buenos dias mi amigo...hermosa Literatura.te deseo feliz semana un abrazo
Marina

Silenciosamente ouvindo... disse...

Continuo a afirmar que o seu blogue
é um grande divulgar da cultura
mundial. Aqui aprende-se.
Aqui é para estar em silêncio
lendo os seus textos.
Um bj.
Irene Alves

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