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Azevedo Marques |
GRANDES
VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS
ATIVIDADES
CLÓVIS
BEVILÁQUA – PARTE – 15.
Vejamos
o espírito que orientou a defesa. Basta um tópico incisivo e
esclarecedor: “Por um lamentável desvio da crítica, versou a
discussão muitas vezes, entre nós, sobre questões de estilo e
gramática. Fugi o mais possível de envolver-me nessa questão
bizantina que só um resultado poderia ter: – o de perdermos um
tempo considerável e precioso, se não a oportunidade de obter a
passagem do Código Civil no Congresso; Mas era impossível ficar
quieto, imperturbável, quando a picareta impiedosa, derrubando a
caliça e levantando nuvens de poeira, fingia estar solapando a
construção...”
Tranquilizo-vos
meus senhores, afirmando que não abusarei da hospitalidade do
Instituto, rememorando os trabalhos de elaboração do Código. Mas,
não podia deixar de vos brindar com o convite para pensarmos juntos
no primeiro encontro de Clóvis com seus impiedosos antagonistas, em
presença do Congresso Nacional. O episódio histórico é digno de
ser revivido hoje em nossa imaginação.
Pensemos.
No dia 13 de agosto de 1901, sob a presidência do Sr, Seabra, a uma
hora da tarde, reúne-se a terceira sessão da célebre Comissão da
Câmara dos Deputados. É a primeira sessão em que se discute o
trabalho de Clóvis. O deputado de São Paulo, o ilustre Prof.
Azevedo Marques, apresenta seu parecer sobre o “plano geral do
projeto”. O momento é de emoção, pois sabe-se que o plano geral,
isto é, o método, tem suma importância em um projeto, como o que
se examinava. Azevedo Marques tece profundas considerações,
lembrando que o próprio Código Civil Alemão “reputado o mais
importante monumento legislativo do direito contemporâneo,
cuidadosamente trabalhado, revisto durante largos anos, tem sofrido
crítica quanto ao método e quanto a tudo!” O parecer do paulista
é pela aprovação.
Coelho
Rodrigues está presente. Não no exercício de mandato legislativo,
mas como convidado de honra. Levanta-se o deputado Anísio de Abreu
e, pela ordem, pede ao Sr. Presidente que conceda a palavra ao
ilustre mestre, o Dr Coelho Rodrigues.
Continua
MANUEL
AUGUSTO VIEIRA NETO
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