HISTÓRIA DA LITERATURA
MUNDIAL
LITERATURA BRASILEIRA –
PARTE 11
A marcha do tempo, todavia,
vai inoculando um cansaço nos seres, nas coisas, nos acontecimentos.
Quando advém o século XIX, é novo o painel social e político, são
novas as gerações literárias que o compõem! Originário na
Alemanha, no final do século XVIII, e depois irradiado às demais
partes da Europa (principalmente à Inglaterra, à França e a
Itália) – saído da revolução literária motivada pela
publicação do Werther (1774), de Goethe, e de Os Bandidos (1782),
de Schiller; pelos estudos dos irmãos Schlegel e Tieck em relação
à poesia medieval expressa no romance – o Romantismo
fundamentou-se, para a criação de um novo estado de espírito
literário, em dois generalizados propósitos: 1) o da reação
contra o Humanismo clássico; 2) o da nacionalização das Letras.
Na própria Alemanha, num
sentido doutrinário, processou-se o conflito entre Bodmer e
Gottsched, o último dos quais defensor do Classicismo...
Rousseau e Diderot, o primeiro
com a doutrina do homem naturalmente bom e o segundo com a crença de
que a liberdade é a expressão espiritual do tempo – também se
podem considerar fontes ideativas próximas do Romantismo, nisso de
eles terem assentado um antagonismo entre o irracionalismo, forjado
nos valores emotivos, sentimentais, individualistas e nacionais e o
racionalismo da Escola Clássica, quer o ideológico, quer o
expressivo.
No desprezo à rigidez e à
simetria dos gêneros literários, às convenções mitológicas, ao
equilíbrio da medida clássica – o Romantismo se identificou ao
próprio Liberalismo. Se este, social e politicamente falando, se
havia alicerçado no Enciclopedismo, no Iluminismo, nas correntes
filosóficas em luta, mormente as que, no século XVII, procuravam
destronizar o aristotelismo e a Escolástica unificados – depois
estendeu-se às Letras, às Artes, e os povos, dos quais estas se
faziam expressões, livres da imitação clássica que lhes dava
características comuns e convencionais, passaram a admitir, como uma
forma de nacionalização, a Idade Média onde se achavam as
tradições e as fontes que os individualizavam uns em comparação
aos outros, e onde a língua – o romance – os situava em
determinado espaço e em determinado tempo.
Ob: Com relação as
informações históricas e geográficas contidas neste post, favor
considerar a época da edição do livro/fonte.
Fonte: “Os Forjadores do
Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
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4 comentários:
Um belo trabalho meu amigo, gostei.
Um abraço e continuação de uma boa semana.
Mais um grande ensinamento amigo Rosemildo.
Bjs e obrigada pela visita e comentário.
Carmen Lúcia.
Olá, Rosemildo!
É verdade. O século XVIII terminou, e agora vamos falar e analisar, você e nós, o seguinte, portanto século XIX, k foi completamente oposto ao XVIII.
O Romantismo foi um movimento político e filosófico que surgiu nos finais do século XVIII e que perdurou durante todo o século XIX.
Se o século XVIII se baseou na objetividade, na razão e no Iluminismo, o século XIX se baseou no eu, na subjetividade e em ideais, portanto e para toda a gente entender os românticos eram e são uns sonhadores (mas é bom sonhar, dizem os Psicanalistas), uns idealistas, ou sejam, vivem "no mundo da lua".
Jean Jacques Rousseau, iluminista, k afirmava que o Homem nascia bom, mas depois a sociedade é k o estragava, como já referi em comentários anteriores.
D'Alembert e Diderot criadores da Enciclopédia, que tanta importância teve, tem e terá.
Ainda bem que este seu blog é importante por vários motivos, sendo talvez o principal, o facto de auxiliar os estudantes. Não tinha pensado nisso.
Beijos e abraços para você e família.
Este ano nós na Universidade sénior, vamos analisar o século XIX. Excepção feita a Bocage por se assinalarem os 250 anos da sua morte.
Um abraço e bom fim de semana
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