terça-feira, 23 de setembro de 2014

Setenta e duas primaveras.

  
  

S etenta e duas primaveras,
E ntre os altos e baixos da vida. Sempre
T ombando e levantando como tubo pet,
E m sua reciclagem, em prol do ambiente.
N o ar, voando como a abelha em busca de pólen,
T ateando como nau sem rumo, no mundo da net,
A procura de um tema, para um mero poema.

E nveredando por trilhas que me dignifique,

D ivulgando baboseiras sem querer obter record,
U nindo palavras, rimando o angu com o caju,
A frontando a cultura, assassinando a gramática,
S em nenhuma graça, com concordâncias esparsas.

P obre de cultura. Não sou top nem almejo Ibop,
R esponsável eu sou, talvez, um dia não possa ser.
I nvento baboseiras assim, sem olhar de onde parti,
M isturando rima de caqui, com rima de aipim.
A prendo com os livros o que mais me interessa,
V ejo, também, as besteiras e o melhor da Tv.
E rguendo-me sempre, em cada vez que tropece,
R espeitando os direitos de quem possa ter e, ser
A legre e feliz, sentimentos de quem comemora
S etenta e duas primaveras

R.S. Furtado 

MEU QUERIDOS AMIGOS

Hoje, dia 23 de setembro, despertei e, quando conversei com meu DEUS (o que faço diariamente à noite ao deitar para dormir e ao despertar pela manhã), além dos outros costumeiros e importantes agradecimentos, agradeci também, pelo prazer e a satisfação de poder receber a visita de mais uma primavera, principalmente, por saber que meus dois filhos, Rosemildo Filho e Rosenildo, também a receberam e, o melhor, em paz e gozando da mais perfeita saúde. Rosemildo Filho e Rosenildo completam hoje 44 e 38 anos, respectivamente, por isso, tomei a liberdade de partilhar com eles esta humilde comemoração.

“QUE DEUS SEJA LOUVADO”

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quarta-feira, 17 de setembro de 2014

Literatura Hispano-americana - Parte 09.

 

HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 9
MÉXICO – II

O modernismo é anunciado na literatura mexicana por Manuel Gutiérrez Nájera (1859-1895), autor dos poemas “Pax animae” e Non omnis moriar” nos quais transcreve poeticamente sua resignação e melancolia. O modernismo mexicano afirma-se definitivamente com Amado Nervo (1870-1919), cujos melhores poemas estão reunidos nos livros “Serenidad”, “Jardines interiores” e “Plenitud” e centralizam-se nos múltiplos aspectos do amor. A expressão poética de Amado Nervo destaca-se pela profunda suavidade.

A expressão poética é continuada, em nossos dias, pelos poetas: Enrique Gonzáles Martinez (1871-1950), Ramón López Velarde (1888-1921), Carlos Pellicer (1897-1977), Xavier Villaurrutia (1903-1950), José Gorostiza (1901-1973), Octavio Paz (1914-1998), Alí Chumacero (1918-2010) e Marco de Oca (1932-2009).

A poesia de Gonzáles Martínez mescla panteísmo e ironia com grande musicalidade de versos. Os versos póstumos de Velarde reunidos em “El son del corazón” imortalizam o poeta de significativa intensidade espiritual e sensualidade. “Hora de junio”,”Recinto”, “Práctica de vuelo” são os principais livros da poesia religiosa rica em imagens cromáticas e pela musicalidade de estilo criada por Pellicer. O domínio de sons destaca também os versos de Villaurrutia, cuja temática é caracterizada pela amplitude formada pela concentração na angústia existencial, como bem o demonstra sua obra-prima “Nostalgia de la muerte”. Lirismo e profundidade apresentam os versos de “Canciones para cantar em las barcas” e de “Muerte sin fin”, obra de Gorostiza. Octavio Paz é o poeta de “Piedra de sol”, criação lírica de um poeta que sente impossível o diálogo entre sua existência e o ser, restando-lhe apenas a objetivação de instantes existenciais através da poesia. Ali Chumacero é o autor da perfeição cultural, como o revela sua obra máxima de criação poética: “Palabras de reposo”. Do poeta Marco Antonio Montes de Oca são os poemas de ”Delante de la cruz cantam los pájaros”. 
 
A moderna prosa da literatura mexicana destaca os nomes de Mariano Azuela (1873-1952), martin Luis Guzmán (1887-1976), Agustín Yáñez (1904-1980) e Juan Rulfo (1917-1986). O melhor romance de Azuela é “Los de abajo” que trata a revolução mexicana em tons épocos; maior complexidade de técnica novelística e imagens de mais intensa força poética apresenta a obra “Pedro Páramo”, de autoria de Juan Rulfo. Martín Luis Guzmán destaca-se pelo vigos estilístico de “El águila y la serpiente” e de “La sombra del caudilho”. Com a prosa de Yáñez aproximamo-nos da criação poética pelos aspectos poemáticos que apresenta. Em seu livro intitulado “Al filo del agua” Táñez obtém uma complexa estruturação para poder transmitir o fluxo de consciência; em “Pasión y convelecencia” Agustín Yáñez introduz a supremacia do objetivo sobre o objetivo.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.

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quarta-feira, 10 de setembro de 2014

Literatura Hispano-americana - Parte 08.

 

HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 8
MÉXICO – I

Em fins do século XVI, o México apresenta o primeiro poeta significativo de sua literatura: Bernardo de Balbuena (1562-1627), autor barroco de expressão original. Seu poema descritivo “Grandeza Mexicana” é composto em terza rima e tem sentido plenamente nacional.

Logo a seguir, surge o primeiro dramaturgo importante do México: Juan Ruiz de Alarcón (1581-1639), autor de “La verdad sospechosa” e “Las paredes oyen”. É grande o significado de Alarcón na dramaturgia tanto pela qualidade de suas peças, como pelo fato de que é ele o introdutor da comédia moral e da comédia da caráter na América Espanhola.

A primeira expressão poética da literatura mexicana compara-se em nível de igualdade aos grandes poetas místicos de Espanha: Sóror Juana Inés De la Cruz (Juana Inés de Asbaje y Ramírez de Cantillana: 1651-1695). De fato, Inés de la Cruz, influenciada pelos cultistas e conceitistas de Espanha, é uma das maiores expressões do estilo barroco na América. Seus versos de amor profano são elaborados com suave emoção lírica; seus versos religiosos têm simplicidade e gravidade de estilo. Merece destaque o auto sacramental máximo da produção de Sóror Juana: “El divino Narciso”.

O final do século XVIII apresenta o primeiro romancista de importância na literatura mexicana: José Joaquín Fernandez de Lizardi (1773-1827), que, com humor e variedade, escreve o romance picaresco “El periquillo Sarniento”, no qual é notável o realismo de visão da sociedade mexicana alcançado pelo autor. O século XIX assistirá à introdução do romantismo na literatura mexicana, principalmente através de três grandes poetas: Guillermo Prieto (1818-1897), Manuel Flores (1840-1885) e Manuel Acuña (1849-1873). Prieto é notável na descrição das paisagens e dos tipos do México; seu livro “Musa callejera” é uma terna idealização de seus compatriotas. Flores é dotado de versificação fluente e de temática informada por erotismo e voluptuosidade. Acuña é poeta de impressionante inspiração romântica como bem o demonstra seu magnífico poema “Ante un cadáver”. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.

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quarta-feira, 3 de setembro de 2014

Literatura Hispano-americana - Parte 07.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA HISPANO-AMERICANA – PARTE 7
EQUADOR

A literatura equatoriana é iniciada logo após sua independência por seu vice-presidente, José Joaquín Olmedo (nascido no Peru: 1780-1839). A expressão clássica de Olmedo aparece em descrições da natureza e em seus poemas, dos quais são os mais significativos: “Al General Flores”, “La victoria de Junín” e “A un amigo en el nascimento de su primogénito”.

No início do século XX, surge Medardo Ángel Silva (1898-1919), autor de “El arbor del bien y del mal”, cujos temas estão centralizados na problemática humana da gratuidade existencial, por vezes resolvida através da realização poética.

Poetas atuais equatorianos são Jorge Carrera Andrade (1903-1978) e Gonzalo Escudero (1903-1971): a principal obra do primeiro poeta impressionista aparece no livro “Lugar de origen”; de Escudero são os poemas cheios de lirismo e equilíbrio compreendidos em “Estatua del aire”.
 
A literatura em prosa reúne os escritores Pablo Palacio (1906-1947), Alfredo Pareja Díez-Canseco (1908-1993), Jorge Icaza (1906-1978) e Adalberto Ortiz (1914-2003). Pablo Palacio é o original humorista que denuncia o desumano e reveste artisticamente seu depoimento no agradável “Um hombre muerto a puntapiés”. Diez-Canseco também é escritor de denúncia com seus livros “El muelle “ e “Las tres ratas”, nos quais apresenta os problemas da má organização social e dos resultantes dos problemas trabalhistas. Compreensão plena dos processos sócio-políticos é revelada por Jorge Icaza com “Huasingo”, obra internacionalmente famosa. Ainda a denúncia da injustiça social de guerra é que eleva a obra prima de Ortiz, “Juyungo”, à posição superior que ocupa entre os demais romances produzidos na América Latina. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7.
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