quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Literatura Ocidental - Parte 65.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 65
LITERATURA ITALIANA -- VII

Outro poeta do oitocentismo iluminista é Giuseppe Parini (1729-1799, que foi também jornalista. Parini é autor de “Mezzogiorno” e de “Mattino” e hábil harmonizador do iluminismo e da tradição humanística. Seus poemas, reunidos em “Odi” e no magnífico poema satírico “Giorno”, revelam o culto da beleza feminina e o sentimento da fugacidade da vida transcritos com habilidade rítmica. Poeta iluminista que merece menção é Ludovico Savioli (1729-1804), autor de excelentes poemas eróticos.

Romantismo italiano

A Itália do inícios do século XIX é um país que sofre a invasão francesa dos revolucionários que realizaram a ascensão da burguesia. O romantismo que então se instala trará constantemente unidos os princípios literários e os patrióticos, ao mesmo tempo em que se estabelecerá a cosmovisão amarga, pessimista, cética e algo cínica que alcançará nosso século.

                                                                                         Ugo Foscolo

O credo romântico é introduzido através do manifesto que Giovanni Brechet (1783-1851) lança em 1816 sob o título de “Lettera semiseria” e atribui a Crisóstomo. Sua divulgação é realizada pela revista “II Conciliatore” e sua completa exposição aparece no prefácio à peça “II conte di Carmagnola” do dramaturgo Manzoni.

O poeta principal do romantismo pela duração de seu predomínio no movimento foi Vicenzo Monti (1754-1828), dotado de imaginação férvida e imediata, mas de pouca ressonância humana. É justo repetir de Monti a classificação usual de seu estilo como romantismo de forma clássica pelo traço dominante que apresenta, mas, em sua obra impressiona a multiplicidade de tendências seguidas: arcadismo, inspiração mitológica, iluminismo, oposição a Revolução Francesa e também seu endeusamento através da exaltação da estabilização do poderio burguês no período bonapartista, classicismo, ossianismo, wertherismo, etc. Em seus melhores momentos, raros aliás, observa-se certo lirismo e melancolia poeticamente expressos.

O lirismo do desespero está bem representado pelo romântico Ugo Foscolo (1778-1827), autêntico criador de mitos e criador do perfeito “Grazie”, no qual atinge equilíbrio e serenidade de realização clássica. O estilo de Foscolo é dotado de extrema musicalidade. Ugo Foscolo escreveu também o pequeno romance intitulado “Ultime Lettere di Jacopo Ortis”, na qual é patente a influência de Goethe de Werther e que inicia uma fase “sturm und drang” do romantismo italiano. 
 
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 114/115. 

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