HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 65
LITERATURA ITALIANA -- VII
Outro poeta do oitocentismo iluminista é Giuseppe
Parini (1729-1799, que foi também jornalista. Parini é autor de
“Mezzogiorno” e de “Mattino” e hábil harmonizador do
iluminismo e da tradição humanística. Seus poemas, reunidos em
“Odi” e no magnífico poema satírico “Giorno”, revelam o
culto da beleza feminina e o sentimento da fugacidade da vida
transcritos com habilidade rítmica. Poeta iluminista que merece
menção é Ludovico Savioli (1729-1804), autor de excelentes poemas
eróticos.
Romantismo italiano
A Itália do inícios
do século XIX é um país que sofre a invasão francesa dos
revolucionários que realizaram a ascensão da burguesia. O
romantismo que então se instala trará constantemente unidos os
princípios literários e os patrióticos, ao mesmo tempo em que se
estabelecerá a cosmovisão amarga, pessimista, cética e algo cínica
que alcançará nosso século.
O credo romântico é
introduzido através do manifesto que Giovanni Brechet (1783-1851)
lança em 1816 sob o título de “Lettera semiseria” e atribui a
Crisóstomo. Sua divulgação é realizada pela revista “II
Conciliatore” e sua completa exposição aparece no prefácio à
peça “II conte di Carmagnola” do dramaturgo Manzoni.
O poeta principal do
romantismo pela duração de seu predomínio no movimento foi Vicenzo
Monti (1754-1828), dotado de imaginação férvida e imediata, mas de
pouca ressonância humana. É justo repetir de Monti a classificação
usual de seu estilo como romantismo de forma clássica pelo traço
dominante que apresenta, mas, em sua obra impressiona a
multiplicidade de tendências seguidas: arcadismo, inspiração
mitológica, iluminismo, oposição a Revolução Francesa e também
seu endeusamento através da exaltação da estabilização do
poderio burguês no período bonapartista, classicismo, ossianismo,
wertherismo, etc. Em seus melhores momentos, raros aliás, observa-se
certo lirismo e melancolia poeticamente expressos.
O lirismo do desespero
está bem representado pelo romântico Ugo Foscolo (1778-1827),
autêntico criador de mitos e criador do perfeito “Grazie”, no
qual atinge equilíbrio e serenidade de realização clássica. O
estilo de Foscolo é dotado de extrema musicalidade. Ugo Foscolo
escreveu também o pequeno romance intitulado “Ultime Lettere di
Jacopo Ortis”, na qual é patente a influência de Goethe de
Werther e que inicia uma fase “sturm und drang” do romantismo
italiano.
Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora
Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 114/115.
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