quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Literatura Ocidental - Parte 62.



HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL
LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 62
LITERATURA ITALIANA -- IV

O renascimento

No século XV é necessário destacar Angelo Poliziano (1454-1494), Girolamo Savonarola (1452-1498), Leonardo da Vinci (1452-1498), Matteo Maria Boiardo (1434-1493), Francesco Guicciardini (1483-1540) e, sobretudo, Ludovico Ariosto e Niccolo Machiavelli (1474-1533; 1469-1527).

Angelo Poliziano, como ficou conhecido Angelo Ambrogini, é autor dos poemas de “Stanze” e do drama idílico-elegíaco denominado “Favola d'Orfeo”, decadentisticamente inspirado nos ”mistérios” medievais. O poeta Poliziano tenta a harmonização existencial entre seu humanismo epicurista e a tendência à melancolia que traz em si.

Girolamo Savonarola é o grande representante da eloquência renascentista italiana. Em sua juventude, Savonarola compôs uma série de poemas com temática amorosa e desenvolvimento petrarquiano. Este monge dominicano por seu reformismo religioso e político terminou sua vida enforcado e queimado por ordem do papa Alexandre VI, contra o qual havia dirigido sua vibrante eloquência.


Leonardo da Vinci, exemplar como novo homem consoante dos ideais renascentistas, exerceu também significativa atividade literária e muito contribuiu para a fixação da língua italiana. O tema essencial de suas composições literárias pode ser colocado como centralizado nas demonstrações e meditações sobre a misteriosa grandeza do mundo.

Francesco Guicciardini tem seu espírito de escritor renascentista determinado pelas preocupações básicas de amoralismo e objetividade nas análises que empreende das realidades históricas e políticas. Na obra deste político e historiador é destacada a posição que assume seu estudo intitulado “Storia d'Italia dal 1492 al 1534”. Pode-se caracterizar seu método de estudos históricos como maquiavelismo que se aproxima do relativismo empírico. Seu estilo é constituído pela amplificação de frases à Cícero com encandeamento e claridade.

Niccolo Machiavelli foi o grande mestre de Guicciardini e seu livro “II principe” é um autêntico tratado de Sociologia Política. Machiavelli, senhor de uma prosa caracterizada pela sobriedade e concisão alcançadas, é o autor das comédias “Clizia” e “Mandragora”. O maquiavelismo é a teoria retirada de “II principe” e se refere exatamente ao predomínio que o Estado assume sobre o indivíduo para a realização do bem comum e à autonomia dos domínios político e moral.

Contrário a Machiavelli, que realisticamente observou a realidade de seu século, surge o escritor Lodovico Ariosto, o qual viu a época de uma maneira idealizada e fantasista. Retomando o tema da epopeia romântica, “Orlando Enamorado”, romance de cavalaria composto por Matteo Maria Boiardo, Ariosto elaborou o famoso poema “Orlando Furioso”. Ariosto apresenta em sua visão da vida a juventude e espontaneidade dos sentimentos humanos, bem como a adesão imediata aos impulsos e paixões, mas, observa-se a constante inserção do elemento maravilhoso durante a narrativa versificada.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 110/112.

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