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quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Literatura ocidental - Parte 04.


HISTÓRIA DA LITERATURA MUNDIAL

LITERATURA OCIDENTAL – PARTE 04

LITERATURA LATINA

A importância extraordinária que assumiu em Roma a língua grega como meio natural de expressão artístico-cultural fez da literatura latina às vezes pura imitação do clássico grego, outras vezes obscurecem sua importância quando comparada ao esplendor heleno.

Imitação dos gregos foram as populares comédias de enredo cujos autores principais são Plauto e Terêncio (250-184); (194-154). É conhecido o autor grego Menandro através das imitações de Plauto.

Criação autenticamente latina é a sátira moral e social, iniciada por Caio Lucílio (149-103), continuada por Perseu (34-62) e levada à perfeição por Juvenal (60-140).


POESIA LATINA

O século I a.C. anuncia o aparecimento das formas próprias e originais da poesia latina.

Lucrécio (98-55) conseguiu comunicar poeticamente filosofia e didática com vigor e harmonia em “De Rerum Natura”. Sua filosofia pode ser classificada como materialismo afirmativo ao desenvolver o princípio da possibilidade de progressivamente atingir o conhecimento das verdadeiras e exclusivas causas de maneira a reduzir, ou mesmo eliminar, o mistério e a ignorância. Nos seis cantos de sua exposição poemática da filosofia epicurista afirma, ainda, a possibilidade de que o homem que por ela determine sua vida obtenha o equilíbrio dos prazeres e a serenidade da alma.

Virgílio (Publius Virgilius Maro – 71-19), excelente na apresentação das paixões humanas, notabilizou-se com a composição da “Eneida”, na qual une poeticamente a história romana aos grandes arquétipos sacros da Ilíada e da Odisséia. Escreveu, ainda, as Bucólicas e as Geórgicas, caracterizada pela perfeição estilística.

Ovídio (Publius Ovidius Naso – 43 a.C. - 18 a.C.) escreveu as famosas Metamorfoses e a Arte de Amar. As Metamorfoses, manual versificado da mitologia grega completada pelos romanos, pode ser considerado marco da tradição de que os mitos constituem apenas repositória das paixões e da sabedoria humanas, sem conteúdo divino. É perfeita sua espontaneidade e elegância de estilo e excedente seu domínio da poesia elegíaca. Como poetas líricos merecem destaque inicial Catulo e Tíbulo. (87-52 a.C.; 50-19 a.C.) Catulo é o primeiro poeta latino original nesta poesia de expressão pessoal. Pertence ao chamado grupo de poetae novi, caracterizados pela busca da perfeição formal. Seus poemas são consagrados a seu amor por Lésbia.

Tíbulo reelabora num mundo poético elegíaco a realidade da natureza, do amor, do culto da vida e do horror à guerra e à morte.

Horácio (Quintus Horatius Flaccus (65-8 a.C.) é o primeiro escritor que se afirma testemunha de seu tempo e defensor dos valores ocidentais. Escreveu Sátiras e Epístolas, com a famosa Arte Poética.

Prosadores

A parte mais sólida e substancial da literatura latina é constituída por seus prosadores. Que, à semelhança do que ocorria na literatura grega, não eram considerados artistas.

Os historiadores latinos elaboraram o conceito exclusivista de “civilização”, em que se define o homem e a universalidade a partir apenas da experiência ocidental, o que se explica pelas condições do império romano centralizado em uma única cidade. Júlio César (100-44 a.C.), perfeito na concisão de estilo e pela vivacidade de narrativa, é o primeiro historiados latino. Escreveu os relatos de campanhas por ele empreendidas: Commentari de Bello Gallico e Commentari de Belo Civili, que apresentam não apenas anotações tomadas em plena campanha, mas, também suas justificativas pessoais e sua propaganda.

Com Salústio (87-35 a.C.) a história, até então revelação, aparece como explicação das causas e efeitos. Não enumera fatos, coloca-os num conjunto coerente objetivamente composto. Sobrevivem suas obras sobre a conspiração de Catilina e sobre a guerra de Roma contra Jugurta, rei de Numídia.

O maior historiador da época literária de Augusto foi Tito Lívio (59 a.C.-17 a.D.). Seu estilo eloquente é caracterizado pelo interesse dramático. Suas frases são amplificadas à Cicero. Sua história, que pretendia contasse com 150 livros, compôs-se de 142, dos quais apenas 35 chegaram à posteridade. Sua história é de insatisfação em relação ao presente “decadente”.

Tácito (54-120 a.D.) é mais comentarista político do que historiador propriamente. Restringe a história aos simples relatos e ideologia políticas. Escreveu “Anais” e “Histórias”.

Quinto Cúrcio inaugura romance histórico ao narrar a vida de Alexandre Magno. Tendo vivido no século primeiro de nossa era apresenta o conquistador que levou o helenismo à Ásia e trouxe influências orientais ao mundo grego transformado em autêntico herói lendário.

Suetônio (75-160) inicia a micro história com seu livro “Doze Césares”, repleto de todos os detalhes que pode compilar como bibliotecário imperial.

Fonte: “Os Forjadores do Mundo Moderno”, Editora Fulgor, edição 1968, volume 7, páginas 30/32.

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