quarta-feira, 13 de março de 2019

Grandes vultos: Clóvis Beviláqua: Parte 04.


Faculdade de Direito do Recife
GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
CLÓVIS BEVILÁQUA – PARTE - 04
Após formado, por muito pouco tempo, foi promotor público em Alcântara, no Maranhão. Breve retorna à sua Faculdade de Direito do Recife, com cargo de bibliotecário. Dessa época datam importantes estudos filosóficos. Publica em 1884 a “Filosofia Positiva no Brasil”. Logo depois, em 1886, edita seus preciosos “Estudos de Direito e Economia Política”, obra que revela o mestre e não parece produção de um jovem na casa dos vinte anos. Não cessa jamais a ininterrupta produção jurídica, que se estendeu por cinquenta anos de labor fecundo.
Por concurso, é levado a lecionar Filosofia no curso anexo da Faculdade, cargo que exerce até princípios 1891, quando assume a cadeira de Legislação Comparada.
Esse é o momento em que o casulo se abre e o jovem literato, mais inclinado às Artes, à História e à Filosofia, integra-se no mundo jurídico. Para lá foi guindado por obra da Filosofia, que lhe mostrou o Direito como alta expressão intelectual.
“Sem ela – diz Pedro Lessa, a tarefa do jurista se reduz a um esforço inferior por interpretar e aplicar preceitos, de cujo verdadeiro e profundo sentido não lhe é dado compenetrar-se. Não pode haver, sem ela, compreensão e amor da Justiça” (P. Lessa, estudos de Filosofia do Direito, pref.).
Penetrou Clóvis em os arcanos da Filosofia jurídica. Hauriu nas melhores fontes. Capacitou-se dos problemas mais graves, como tudo revelou em trabalhos futuros e deu mostra no excelente livro: “Juristas filósofos”, aparecido em 1897.
Nesse escrito não teve em mira a história da Filosofia, mas destacou ”alguns nomes típicos, representativos de uma forma nova do pensamento jurídico, quando não criadores de uma nova fase da ciência”
Continua
MANUEL AUGUSTO VIEIRA NETO


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