quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

Grandes vultos: Clóvis Beviláqua - Parte 03.

Martins Júnior

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
CLÓVIS BEVILÁQUA – PARTE - 03
Continuava Clóvis em seu namoro com a literatura. Colaborava em “Folha Nova”, “Escapêlo”, “Esteriógrafo”. De parceria com Martins Júnior, publicava as “Vigílias literárias”.
Atraiu-o a Filosofia. E por motivos filosóficos e não religiosos, foi que traduziu, em colaboração com João Alfredo de Freitas, a obra de Soury: “Jesus e os Evangelhos”.
Ao quarto ano do curso jurídico, vem a travar conhecimento com a obra de Von Ihering, e desperta para o Direito. Começa a realizar-se. Faz conferências. Promove estudos. Polariza os colegas. O celebérrimo concurso de Tobias Barreto é o estímulo que o empolga e impele na carreira definitiva.
Ao terminar o curso em 1882, deixa aos colegas a melhor das impressões como atesta uma “silhueta” escrita por Martins Júnior, na “Folha do Norte” (Recife). Ei-la: – “ Um talento superior. Talvez o maior da geração acadêmica que abrangeu o período de 1879 a 1882. Um ótimo coração. Uma enorme modéstia, que chega a degenerar em “gaucherie”. Um caráter de ouro, com transparências límpidas de cristal. Rosto redondo e cheio. Um leve tom amorenado na pele. Olhos castanhos, pensativos. Boca rasgada, com o lábio superior pintado por um bigodinho pouco espesso. Cabelos pretos e corridos, sempre baixos. Um largo peito desenvolvido, como que feito para a luta.
Sim. “… como que feito para a luta...”
Se, por alguns anos, foi singela e sem lutas a vida do herói que hoje festejamos, doravante já não lhe posso fazer um relato plano, sem asperezas e vicissitudes. Sua vida totaliza-se com as obras, com os pensamentos, com os livros, com as lutas, com o desenvolvimento da Pátria.
Omito as rápidas incursões no campo político. Era avesso a tal atividade.
Continua
MANUEL AUGUSTO VIEIRA NETO

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2019

Grandes vultos: Clóvis Beviláqua - Parte 02.

Martins Júnior


GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
CLÓVIS BEVILÁQUA – PARTE - 02
Na juventude, Clóvis não sentiu a vocação jurídica. Era apenas literato, ledor apaixonado, que mistura Macedo, Castro Alves, Alencar com Lamartine, Taine, Chénier.
Muda-se para Recife, em 1878, para matricular-se na Faculdade de Direito, que tanto honrou e da qual seria o ilustre historiador.
O Recife, a princípio, não agrada. Clóvis tem apenas dezoito anos, mas é um moço triste. A um jornal de Macaé, escreve suas impressões sobre a capital pernambucana: – “… é insípida como um copo d’água para quem não tem sede; e na insipidez é monótona como em noite de insônia o eterno tiquetaque dum relógio de parede. Sufoca-se, morre-se de calor e de tédio. Procura-se ar, procura-se distração; não se encontra nem uma, nem outra coisa” (apud. Macário de Lemos Picanço, Clóvis Beviláqua, in Rev. Direito, vol. 20).
Os biógrafos interpretam essa passagem como lamuria de saudade. Admito a saudade. Inclino-me, porém, a crer que o jovem Beviláqua sentisse algo mais profundo: – havia reminiscências tristes do distante Ceará, de sua infância, de seus conterrâneos flagelados, e, talvez, a procura dele mesmo, pois nas letras Clóvis não encontrava a realização de sua fortíssima personalidade.
Esse tom de tristeza perdurou durante todo o tempo acadêmico, embora estivesse Clóvis cercado de excelentes colegas de turma: Martins Júnior, amigo íntimo e companheiro de tertúlias, Afonso Cláudio, Tito Lemos, o grande J. X. Carvalho de Mendonça, Urbano Santos, que seria vice-presidente da República. Em outras classes estavam: Farias Brito, Alberto Torres, Artur Orlando, Sousa Bandeira, Borges de Medeiros. No meio desses amigos e prestigiado por essa plêiade, Clóvis era retraído, sem a jovialidade e a exuberância dos estudantes de Direito. Descreve-o Afonso Cláudio nesses termos: – “… certo é que Clóvis já possuía na juventude a gravidade, as tendências e os hábitos de hoje… Jamais vi-o nos teatros, menos ainda fazer concessões ao janotismo ou ao galanteio das damas; nas livrarias, sim, tinha assiduidade, pois era a atmosfera onde parecia gozar de todos os deleites e recreações perlustrando obras” (Af Cláudio, Bosquejo Biográfico do Dr. Clóvis beviláqua, in Rev. Do Instituto do Ceará, 1916).
Continua
MANUEL AUGUSTO VIEIRA NETO


quarta-feira, 6 de fevereiro de 2019

Prece ao Senhor.


PRECE AO SENHOR


Senhor meu DEUS! Senhor meu PAI! Eis que mais uma vez a vós me entrego de corpo e espírito, e apelo à vossa infinita misericórdia, desta feita, em favor das pessoas que se foram, vítimas da tragédia ocorrida em Brumadinho. Recebei-os de braços abertos, perdoai-os pelos pecados que por acaso tenham cometido, abençoai-os e protegei-os, iluminando os seus passos por todas as suas trajetórias.



AMÉM!



MEUS QUERIDOS AMIGOS!



Depois de um bom período de descanso, hoje retorno ao nosso querido mundo virtual com a esperança de poder continuar contando com as maravilhosas atenção e compreensão de vocês.



Quanto a postagem de hoje, optei pela oração que faço diariamente desde o dia do fatídico acontecimento.



Aproveito a oportunidade para apresentar o meu voto de pesar, extensivo a todos os parentes e amigos das vítimas.



Beijos no coração de todos.



Rosemildo Sales Furtado



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