quarta-feira, 4 de abril de 2018

Grandes vultos: José do Patrocínio - Parte 01.

José do Patrocínio

GRANDES VULTOS BRASILEIROS QUE MARCARAM A HISTÓRIA NAS SUAS MAIS DIVERSAS ATIVIDADES
JOSÉ CARLOS DO PATROCÍNIO – PARTE 01.
(1833-1905)
“Ou cede à vontade do povo ou cai.”
José Carlos do Patrocínio, vulgo “Zé do Pato”, era um mulato bronzeado, filho natural de Justina Maria do Espírito Santo – a quitandeira “Tia Justina” – e do padre João Carlos Monteiro – o trigueiro vigário da paróquia de Campos. Nasceu aos nove dias do mês de outubro, do ano de 1853, na cidade do mesmo nome, Estado do Rio de Janeiro. Assim o atesta seu batistério, fornecido pela Paróquia do S. Salvador, Bispado de Campos.
Desengonçado, feio, de estrutura desarmônica, como o descrevem seus amigos Luís Marat, Coelho Neto, Olavo Bilac e outros; físico balofo e olhos empapuçados, como atesta seu mais fiel retrato publicado.
“Não quis o destino – escreve Bilac – que o libertador nascesse de um ventre feliz, entre carinhos e beijos fidalgos, na ventura de um lar amoroso … Tirou-o de um ventre humilde e desventurado, deu-lhe à pele a cor da treva, cercou-lhe o berço de todas as infelicidades, a condição baixa, a origem obscura, a privação da paternidade legítima e a atmosfera dos sofrimentos da gente cativa. O destino quis que no corpo, nas células orgânicas, no sangue, na vibração dos nervos daquele homem, se acumulassem e confundissem todas as revoltas da gente mártir contra a maldade dos opressores, toda a longa e trágica epopeia do sacrifício africano”.
Brandiu sua pena com a força temível da inteligência e da convicção pelas colunas da “Gazeta da Tarde”, da “Gazeta de Notícias” e da “Cidade do Rio” e, em catadupas eletrizantes, dramáticas, com a mesma bravura de um Espártaco, despejou suas catilinárias das tribunas da rua. Ambos tiveram um ideal comum: a luta contra a escravidão.
Luta difícil e penosa, somente teve sua ascensão e esplendor quando JOSÉ DO PATROCÍNIO, acolhido pela simpatia de Ferreira de Araújo, assenta sua barraca na redação da “Gazeta de Notícias”, em 1879, depois do famoso “Congresso Agrícola” e das primeiras agitações populares da campanha abolicionista, alcançando suas armas “para a quebra das grilhetas”, na expressão de Osvaldo Orico.
Continua…
S. SILVA BARRETO


2 comentários:

ANNA disse...

Gracias por tus comentarios he vuelto a subir poesias despues que ese individuo me amenazo de dinunciarme por robarle los poemas lo que paso es que yo no los tengo registrados ya que es caro y solo dispongo de una misera pension de minusvala .
El las ha cogido y registrado como suyas.
Besos

SILO LÍRICO - Poemas, Contos, Crônicas e outros textos literários. disse...

O amigo, a quanto tempo aqui não vinha... Que história impressionante e que texto lírico belíssimo! Esse foi o cara, realmente. E pouco se conhece da história dele, mesmo que o seu nome seja um dos mais conhecidos. Coloco-mo no rol desses. Grato pela partilha! Grande abraço. Laerte.

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